PSD/Açores questiona tratamento dado à Gateway do Pico

O PSD/Açores questionou o Governo Regional sobre a possibilidade de “correção” nas ligações aéreas entre o Pico e Lisboa, “uma rota com duas ligações semanais, cujos horários definidos são totalmente inconvenientes para os picoenses, pelo que queremos saber se podem ser corrigidos para melhor servir a ilha do Pico. Em causa está a função de Gateway do nosso aeroporto”, disse o deputado Cláudio Lopes.

Num requerimento, enviado à Assembleia Legislativa, o social democrata recorda que, desde 2005, o aeroporto da ilha do Pico “está classificado como uma Gateway dos Açores, ou seja passou a ter ligações com o exterior, em particular com o continente português. Resta saber se é uma Gateway real ou virtual”, sugere o parlamentar.

“Perante o novo modelo de transporte aéreo para os Açores, em parte liberalizado mas que mantêm as regras de Obrigação de Serviço Público, é à SATA que compete, desde o passado dia 29 de março, assegurar a rota Pico/Lisboa”, lembra Cláudio Lopes.

“Ora, durante os últimos 10 anos, foi a TAP que cumpriu uma única ligação semanal, como mínimo obrigatório, mesmo sendo circular e com ligação com a Terceira, entre Lisboa e o Pico”, refere.

“Ao longo de todo este tempo a SATA, empresa regional e tutelada pelo Governo Regional, nunca esteve disponível para aumentar o número de ligações semanais daquela rota, apesar da procura evidente e das manifestações dos picoenses”, acrescenta Cláudio Lopes.

Considerando “as situações desastrosas em que a SATA se estreou nesta rota, amplamente divulgadas na comunicação social e profundamente criticadas e denunciadas por empresários da ilha do Pico, entidades públicas e demais picoenses, precisamos de saber com que SATA podemos contar daqui para a frente”, alerta.

Ainda segundo o deputado, as duas Gateways – Pico e Horta -, apesar da sua proximidade, “oferecem muitas vezes condições de operacionalidade alternativas, por razões climatéricas, no entanto a sua complementaridade não tem passado de muitas declarações políticas. E isso tem causado prejuízos económicos para a SATA e enormes incómodos aos passageiros do Pico. Quando é que o aeroporto do Pico passa a ser, efetivamente, alternativo do aeroporto da Horta, e vice-versa?”, questiona também.

GI PSD Açores/RL Açores