Queijo de São Jorge está no acordo comercial entre União Europeia e China

A entrada nesta lista de indicações protegidas tem como fim isentar as taxas de exportação e evitar falsificações do produto.

Trata-se de uma oportunidade à exportação deste produto Jorgense. O queijo de São Jorge passa a constar da lista de produtos protegidos a comercializar entre a União Europeia e o Japão.

“Permite que no Japão a proteção da marca seja efetuada com segurança, por outro lado, também permite que o Japão não cobre uma taxa de 30% que serão as taxas de importação, e que ao brigo deste acordo ficam de fora, ou seja, um importador não terá que pagar estes 30% pelo facto de ser um produto protegido e que está na lista da União Europeia.” Afirma António Azevedo, Diretor Comercial da Uniqueijo.

Ao abrigo da indicação geográfica qualquer falsificação pode ser denunciada pela Uniqueijo. Segue-se o mecanismo de multas acionado pela União Europeia, uma proteção que trás valor acrescentado.

O interesse em feiras do mercado japonês já foi manifestado. A Uniqueijo acredita que o interesse vindo do Oriente pode dar continuidade ao aumento de vendas.

A Associação de Produtores assistiu em 2020 a um volume de negócios de 14 milhões de euros, o melhor ano de sempre. “No ano do confinamento, nós vimos subir muito a questão dos queijos ralados, porque as pessoas ficaram em casa e viraram-se muito para a culinária, então o queijo ralado foi um produto que disparou imenso. Outro produto que disparou imenso foi as marcas próprias, e que para nós são importantes no sentido que nos permite escoar.” Refere António Azevedo.

Resultado que permitiu atribuir um bónus aos produtores no fecho de contas de 2020.

O Diretor Comercial da Uniqueijo adiantou que “em 2021, vai ser pago 1 cêntimo em bónus aos produtores relativamente ao leite entregue em 2020.” Refere ainda que “é o primeiro passo que queremos dar e estamos a trabalhar para nos próximos anos irmos fazendo uma escada gradual para conseguir valorizar esse leite ao produtor.”

A Uniqueijo defende que a proteção de origem deve ser aplicada a outros países, como os Estados Unidos.

16% Do volume de vendas do queijo de São Jorge tem como destino a América e o Canadá.

RTP Açores/RL Açores