“Quem parte, quem fica, quem volta, quem chega” ou “Um emigrante padece para melhorar a sua vida, mas longe não se esquece da sua terra querida” – foram frases que saltaram à vista e que encheram de sentido a abertura do Festival de Julho de 2019, esta quinta-feira, na Vila da Calheta, em São Jorge.
A maior festa do concelho da Calheta teve, assim, início esta quinta-feira com destaque para o Desfile de Abertura com a participação da Charanga do Grupo de Escuteiros AEP da Calheta e das Bandas Filarmónicas do Concelho. De salientar o desfile de carros alegóricos alusivos ao tema “Ser Emigrante”, em que instituições das freguesias e locais do concelho trouxeram à rua principal da Calheta as várias fases, costumes e sentimentos que o fenómeno da emigração foi gerando. Estiveram representados os principais destinos da emigração jorgense, não esquecendo claro os Estados Unidos da América e o Canadá ou até mesmo França. Cada carro alegórico foi bastante recreativo do trabalho que os emigrantes desenvolviam a vários níveis em cada um dos destinos de emigração.
Ora, após o desfile de abertura foi altura do presidente da autarquia calhetense dar as boas vindas aos presentes, enaltecendo, claro, a temática da festa – “Ser Emigrante”.
Décio Pereira aproveitou a ocasião para deixar alguns recados, sendo um deles totalmente dirigido à organização da Feira Açores que decorre por estes dias também na ilha do Faial, com o autarca a pedir respeito pelo concelho da Calheta.
Para além dos recados, o presidente do Município da Calheta, que em palco se encontrava acompanhado pelos homólogos das Velas, São Roque, Madalena e Lajes do Pico e ainda Angra do Heroísmo, aproveitou para fazer também algumas reivindicações. O tema esse é antigo, mas nunca perde a atualidade – Transportes. Décio Pereira voltou a reforçar a ideia de um triângulo a norte, dizendo ser preciso um barco mais assíduo no porto da Calheta.
Ora, e continuando nos transportes, as reivindicações foram extensivas aos transportes aéreos.
Ainda neste primeiro dia de festa destaque para a abertura do Quiosque do Triângulo, local onde se pôde ver e provar o que de melhor se faz a nível gastronómico nas ilhas de São Jorge, Pico e Faial.
A festa continua esta sexta-feira com um vasto programa ao longo do dia, destacando a partir das 19h30 as atuações do Grupo Etnográfico da Beira e do Grupo de Folclore dos Rosais. Pelas 21h30 – concerto pela Filarmónica Recreio Topense. Pelas 23h destaque para a atuação da Banda “Rock Rhythm Blues, no Palco Principal. O cabeça de cartaz desta noite de sexta-feira é Frankie Chavez que sobe ao palco principal do Festival de Julho pela 00h30.
Liliana Andrade/RL Açores