Paulo Casaca, candidato nacional às próximas eleições europeias com o apoio do Partido Democrático do Atlântico liderando a lista “A Nossa Europa”, esteve em São Jorge, tendo reunido no passado dia 25 de Abril com a Associação de Agricultores da ilha, com a Associação de pescadores e marcando também presença junto da população jorgense para debater os problemas atuais e futuros da ilha.
Em entrevista à RL Açores, Paulo Casaca diz ser necessário colocar de pé “uma iniciativa para a reforma do euro que seja forte, que seja transversal geográfica e politicamente e que constitua uma força incontornável que obrigue os nossos dirigentes europeus a repensar aquilo que é a construção da política económica e monetária.”
O candidato considerou que a Europa precisa de ser mais solidária do que tem sido combatendo a exclusão, sendo este um ponto fulcral do seu manifesto eleitoral.
Paulo Casaca lamentou o facto de entre 2008 e 2013 “o emprego ter diminuído em quase 800.000 postos de trabalho” e o facto de mais de 15% da população ativa ter ido para o desemprego, ter saído do mercado de trabalho ou ter mesmo deixado o país, dizendo mesmo que “vivemos a maior catástrofe económica registada na história económica portuguesa”.
No âmbito das políticas de agricultura e pescas, que são temas importantes para São Jorge, Paulo Casaca considera que o fim das cotas leiteiras poderá “traduzir-se num esmagamento dos pequenos produtores de leite por uma nova indústria massificada de produção leiteira”. De acordo com o candidato, essa é uma perspectiva possível, “não desejada mas possível”, sendo necessário “estarmos preparados para as eventualidades”.
“O que eu desejo é que haja um crescimento económico na Europa e no Mundo, que esse crescimento faça subir a procura dos lacticínios e que os lacticínios dos Açores consigam encontrar o lugar que, de facto, precisam e merecem”, frisou Paulo Casaca, recordando que, no entanto, “devemos estar preparados para circunstâncias em que isso não aconteça”.
Paulo Casaca salientou que um bom deputado europeu tem de “saber bem o que se passa na Europa” e tem de saber reagir e intervir nas alturas certas e adequadamente.
O candidato às eleições europeias de 25 de Maio que concorre com o apoio do Partido Democrático do Atlântico referiu que a solução apresentada pela lista que lidera, “A Nossa Europa”, é “verdadeiramente reformista e pelas pessoas”, dizendo que a Europa “precisa de ser reformada para servir os Europeus”.
Liliana Andrade/RL Açores