Região disponibiliza mais de 3.900 hectares de pastagens baldias aos agricultores dos Açores

A Diretora Regional dos Recursos Florestais destacou hoje, na Graciosa, a “enorme relevância” que tem para mais de 1.450 agricultores açorianos a disponibilização dos 3.908 hectares de pastagem baldia existentes na Região, sob gestão do Governo dos Açores.

“O papel destas áreas de pastagens é de enorme relevância, particularmente nas ilhas mais pequenas, onde, por vezes, a subsistência de algumas pequenas explorações depende da disponibilização destas áreas e dos serviços de pastoreio”, afirmou Anabela Isidoro, que acompanhou a entrada de gado nos núcleos de Pastagens Baldias da Caldeira e da Serra Branca.

As pastagens baldias são exploradas segundo dois sistemas distintos, sendo um deles o do Arrendamento à Parcela, vigente nas ilhas de Santa Maria, São Miguel e Terceira, onde são arrendadas parcelas de terreno aos agricultores que se candidatam a estas áreas.

O outro sistema, a Prestação de Serviços de Pastoreio, é praticado nas ilhas do Pico, São Jorge, Graciosa, Faial e Flores, onde os Serviços Florestais recebem, em determinadas épocas do ano, os animais dos agricultores beneficiários, cuidando do maneio e da manutenção das pastagens, mediante o pagamento de uma renda por animal e por mês.

Neste regime, hoje e quarta-feira, deram entrada 365 animais nos núcleos de Pastagens Baldias da Caldeira e da Serra Branca, beneficiando 131 agricultores da Graciosa, a quem é também prestado apoio por parte do Serviço de Desenvolvimento Agrário da ilha.

O estabelecimento nacional do Regime Florestal, em 1901, permitiu que os terrenos baldios de posse comunitária fossem sujeitos à gestão dos Serviços Florestais com vista à sua rearborização, ordenamento e gestão em função das necessidades das populações.

Nos Açores, nas décadas de 50 e 60, foram submetidos ao Regime Florestal terrenos baldios em todas as ilhas, tendo-se implementado projetos de arborização, realizado melhorias ao nível das acessibilidades e estabelecidas áreas de pastoreio para usufruto das populações.

Esta prática, que perdurou até à atualidade, assume um importante papel social junto das comunidades locais.

GaCS