
A Indústria Conserveira de santa Catarina deve voltar à esfera privada. A opinião é do administrador da Conserveira, Rogério Veiros, que foi esta terça-feira ouvido na reunião da comissão eventual de inquérito ao setor público empresarial regional, na delegação de Ponta Delgada do parlamento açoriano.
A notícia, avançada pela Antena 1 Açores, dá conta de que Rogério Veiros afirma que a empresa tem viabilidade apesar do passivo de mais de 14 milhões de euros.
Para o presidente do Conselho de Administração da Indústria Conserveira de Santa Catarina, os números são promissores para este ano, assegurando que este ano a faturação vai aumentar devido a um aumento de vedas e do preço por lata de conserva.
“Vamos ultrapassar os oito milhões de faturação, nós crescemos de 2015 a 2017 cerca de 17% e, este ano, vamos crescer acima dos 20% na faturação e na produção”, afirmou Rogério Veiros.
Avança a rádio pública açoriana que menos agradável é o número do passivo da empresa, que ultrapassa os 14 milhões de euros e que até aumentou no ano passado.
Mesmo assim, Rogério Veiros, que termina o mandato à frente da conserveira no final deste ano, acredita na viabilização económica da Santa Catarina e defende, tal como o Governo, a privatização da Indústria conserveira.
“Eu não vejo outro caminho senão a privatização para resolver um assunto que sempre foi assumido como transitório”, acrescentou Rogério Veiros.
O Governo Regional dos Açores adquiriu a empresa em 2009 para evitar que encerrasse e anunciou em fevereiro deste ano que estavam em curso negociações para a privatização da fábrica, uma solução também defendida pelo presidente da empresa.
A fábrica Santa Catarina – Indústria Conserveira, SA é a maior empregadora de São Jorge com 140 trabalhadores, gerando “13 milhões de euros de ordenados na ilha” e, segundo Rogério Veiros, tem tido dificuldade em contratar mais mão-de-obra.
A acompanhar o aumento da produção, a Santa Catarina prepara-se para “aumentar a exportação”.
Os produtos da conserveira Santa Catarina estão presentes sobretudo no mercado nacional, no “mercado da saudade” (Estados Unidos da América e Canadá, principais destinos da emigração açoriana), italiano, inglês e noutros países europeus.
RDP A/AO/RL Açores
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