Rui Luís afirma que Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico deve servir de base às estratégias de intervenção em saúde

O Secretário Regional da Saúde destacou esta quarta-feira, em Angra do Heroísmo, a importância de estudos epidemiológicos, como o Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico, para o planeamento e monitorização das políticas de saúde regionais.

“É, sem dúvida, uma mais-valia para a Região a participação em projetos deste âmbito, que permitem a atualização do conhecimento sobre o estado de saúde e de doença da população”, salientou Rui Luís.

Na sua intervenção na abertura do seminário ‘Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico – Um Olhar à Saúde dos Açorianos’, Rui Luís afirmou que as conclusões deste estudo vão contribuir para repensar estratégias e assim obter mais qualidade na prestação de cuidados de saúde.

Neste âmbito, a Secretaria Regional da Saúde está a elaborar um Programa Regional de Promoção da Alimentação Saudável, que será apresentado em outubro.

Relativamente aos indicadores daquele inquérito nacional, no que diz respeito à alimentação verifica-se que a prevalência do não consumo de vegetais é de 42% junto da população açoriana, enquanto a prevalência do não consumo de fruta é de 30%.

No que diz respeito ao sedentarismo, houve uma diminuição no quadro nacional de 30% em 16 anos, sendo que, neste inquérito de 2015, a prevalência nos Açores é de 52%.

Os dados relativos à saúde oral colocam os Açores em terceiro lugar na tabela nacional, no que se refere ao acesso ao dentista.

Assim, os dados indicam que 50,6% da população teve pelo menos uma consulta em menos de um ano e 47,6% uma consulta em 12 meses ou mais.

Na prevenção secundária da doença oncológica, o estudo revela que, no rastreio ao cancro da mama, os Açores acompanham as médias nacionais, sendo que 92% das mulheres entre os 50 e os 69 anos realizaram mamografias e apenas 2,2% não realizaram o exame.

O seminário promovido pela Direção Regional da Saúde, que terá também lugar quinta-feira em Ponta Delgada, conta com a presença de especialistas do Instituto Nacional de Saúde Dr Ricardo Jorge e visa apresentar os resultados do inquérito aos profissionais de saúde e às entidades ligadas às autarquias, educação e desporto.

O estudo epidemiológico observacional, transversal, de prevalência, teve como população-alvo os indivíduos com idade entre 25 e 74 anos, residentes em Portugal Continental e nas Regiões Autónomas.

Entre os 4.911 indivíduos observados, 754 eram residentes nos Açores.

GaCS/RL Açores