A indústria conserveira de Santa Catarina, através do seu Conselho de Administração, lançou hoje um comunicado em que torna patente que há “alguma desinformação” relativamente às suas Contas de 2013 apresentadas esta semana.
A indústria conserveira veio, assim, esclarecer aspetos da sua história bem como das suas contas, começando por referir que esta empresa existe na Vila da Calheta de São Jorge, desde os anos 40 do último século, tendo sido reativada pela Câmara Municipal da Calheta, com a fundação da Santa Catarina – Indústria Conserveira, S.A., no dia 5 abril de 1995.
Em 2009, a empresa foi adquirida pelo Governo Regional dos Açores, por intermédio da Lotaçor – Serviço de Lotas dos Açores, S.A, depois de ter passado um período nas mãos do Grupo empresarial local “José Leovigildo”.
De acordo com o comunicado, a indústria conserveira “quando foi adquirida pelo Governo Regional dos Açores encontrava-se numa situação económica e financeira caótica, de pré-falência, com 7 meses de salários em atraso, 9 meses de dívida à segurança social e finanças, um volume de vendas na ordem de 1,3 milhões de euros (em 2013 foi de 7,3 milhões de euros) e enormes atrasos nos pagamentos a fornecedores.”
A administração referiu que “o enquadramento económico-financeiro atual da empresa, fruto de um trabalho árduo, intenso e rigoroso, em nada se assemelha ao cenário encontrado, estando perto de alcançar o objetivo a que se propôs, a viabilização da empresa”.
É importante ainda relembrar a localização da fábrica, na ilha de São Jorge, com cerca de 8.000 habitantes, e o número de pessoas que emprega, cerca de 120, numa economia com constrangimentos próprios e baixa empregabilidade.
Segundo o comunicado, a desvalorização das conquistas alcançadas pela empresa, ao nível do reconhecimento da qualidade dos produtos, da melhoria do desempenho económico e financeiro, nomeadamente através do sucessivo crescimento das vendas (entre 2012 e 2013 foi de 15,5%, mas quando comparado com 2009 foi de 462%) e do aumento da produtividade, é a desvalorização do esforço e empenho do Governo Regional e da administração, mas acima de tudo dos mais de 120 colaboradores da empresa Santa Catarina, que todos os dias empreendem o seu esforço, trabalho e dedicação na construção de uma empresa melhor, mais viável e com o reconhecimento internacional, patente no volume de exportações da empresa.
“A Santa Catarina considera que o caminho trilhado nos últimos anos pela empresa e pelos seus colaboradores tem sido coroado de sucessos a vários níveis, não podendo concordar ou até mesmo ficar indiferente em relação a quem minimiza ou desvaloriza o trabalho árduo de todos que a integram”, finalizou a administração na nota de imprensa divulgada hoje.
GI Santa Catarina Indústria Conserveira S.A /RL Açores