O social-democrata António Pedroso lamentou, esta quarta-feira, durante o debate sobre a saúde, na Assembleia Legislativa Regional, os problemas que se continuam a fazer sentir na saúde dos jorgenses, referindo mesmo que na ilha “as queixas multiplicam-se” e o estado de saúde é cada vez pior.
Em São Jorge “as queixas multiplicam-se, com os serviços de radiologia e análises a trabalharem em alternância, os postos médicos encerrados nas Casas do Povo, reduzindo-se um serviço de proximidade, com os médicos a abandonarem a ilha, uns por reforma, outros em busca de alternativas melhores”, referiu António Pedroso.
“Como se não bastasse, ainda pende sobre as cabeças dos jorgenses a ameaça de encerramento noturno dos laboratórios de análises, substituídos por um limitado equipamento, o point of care, tão elogiado pelo senhor secretário da Saúde”, frisou o deputado do PSD eleito por São Jorge.
António Pedroso lamentou ainda o facto de terem sido “reduzidas as vindas dos médicos especialistas, para não dizer extintas, e os doentes agonizam e morrem à espera de consultas, salvando-se os poucos que, com parcos recursos, recorrem à privada”.
O social-democrata criticou ainda a política de reembolsos, dizendo mesmo que “os jorgenses têm pouca saúde e menos reembolsos”, uma vez que segundo António Pedroso, o que o Governo faz é “com um gesto falso de magnânima solidariedade, promover um reembolso que, no máximo, será de 2 euros e 45 cêntimos”, o que para o parlamentar “é brincar com a miséria e a dignidade dos açorianos”.
Por seu turno, Rogério Veiros, deputado socialista também eleito por São Jorge, afirmou que o PS apenas tem respondido à vontade dos jorgenses no que diz respeito ao sector da saúde.
“Enquanto nós discutíamos a reforma do Serviço Regional de Saúde junto com os jorgenses, o PSD espalhava o caos em São Jorge”, frisou o parlamentar.
“Os jorgenses disseram ao Governo do Partido Socialista que queriam duas urgências a trabalhar, dois internamentos a trabalhar e o Partido Socialista responde À vontade dos jorgenses e mantém duas urgências, dois internamentos e dois centros de saúde a trabalhar em São Jorge tal qual como os jorgenses pediram”, frisou Rogério Veiros.
Liliana Andrade/RL Açores