Catarina Cabeceiras considera que foi o PS que “adiou” São Jorge (c/áudio)

A Deputada do CDS-PP/Açores, Catarina Cabeceiras, lamentou os investimentos que o anterior governo regional não realizou na ilha de São Jorge, fazendo desta “mais uma ilha que o Partido Socialista adiou”.

Catarina Cabeceiras assinalou, desde logo, o “Plano integrado de desenvolvimento das Fajãs da Ilha de São Jorge”, uma medida inscrita no Plano de Investimentos desde 2015 por iniciativa do CDS-PP e que continuou a ter dotação prevista para os anos de 2016, 2017, 2018 e 2019. “Conhece algum Plano Integrado das Fajãs de São Jorge? Eu cá não conheço nenhum”, apontou a deputada do CDS-PP, condenando a não concretização deste investimento, apesar de constar durante 5 anos nos planos do governo socialista.

O PS também “adiou o matadouro, estruturante para São Jorge”, apesar de o CDS-PP ter apresentado propostas no sentido de incluir essa obra no Plano de Investimentos para 2018, 2019 e 2020. Tal proposta do CDS-PP foi sucessivamente rejeitada pelo Partido Socialista, com a justificação de que “o matadouro dava resposta às necessidades”.

Em 2020 porém, ano de eleições, o Governo do PS apresenta um projeto com toda a pompa e circunstância para o novo matadouro”, acusou a deputada eleita por São Jorge. “Essa obra, que era orçamentada em 6 milhões, está o atual Governo [de Coligação PSD/CDS-PP/PPM] a fazer um esforço para que esse investimento seja uma realidade, já estando orçamentado em 12,5 milhões de euros”.

Além do mais, “foi com pompa e circunstância que o Governo do PS foi a Santo Antão apresentar o projeto para o Centro Intergeracional, um projeto que nem cumpriu o PDM”, afirmou, prosseguindo: “foi este Governo que reformulou o projeto, e já lançou o concurso para a empreitada.”

Entre as situações que estão presentemente a ser resolvidas pelo XIII Governo Regional dos Açores, consta ainda “o museu Francisco Lacerda, um investimento de milhões no qual o PS nem tinha contemplado a exposição permanente”.

Quanto ao “Porto do Topo, obra de milhões supostamente concluída pelo governo socialista”, Catarina Cabeceiras salientou que o mesmo “não tinha previsto rede elétrica nem rede de luz, sinalética, acessibilidade ao Porto, e nem tinha previsto uma grua!”

A escola da Calheta, outro investimento de milhões, desde início começou logo a dar problemas no pavilhão, que trouxemos diversas vezes a debate neste parlamento”, recordou a deputada. “E o que dizia o Senhor Secretário do Governo Socialista? Que não existiam problemas estruturais na Escola da Calheta”, criticou.

Também a escola do Topo tem sido objeto das preocupações do CDS-PP, que desde sempre afirmou a importância de realizar obras. “Problemas estruturais da escola do Topo surgiram em três anos? Não! O Senhor Secretário de então [do PS] dizia que, após a conclusão da escola da Calheta, o investimento na educação estava concluído na ilha de São Jorge”, lembrou Catarina Cabeceiras.

Muito há para fazer na nossa ilha. Gostaria que muitas medidas e investimentos fossem mais ágeis. Reivindico com o mesmo grau de exigência do passado, mas reconheço que não pode um governo de 3 anos fazer tudo o que não foi feito em 24”, disse a deputada do CDS-PP.

Mas uma coisa é certa: se esses investimentos tivessem sido feitos atempadamente, como deve ser, mais verba teríamos hoje disponível para São Jorge, para outros investimentos igualmente importantes e pertinentes nesta altura”, concluiu.

 

Catarina Cabeceiras CDS-PP