Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas integra projeto internacional para desenvolver novas soluções para gestão de áreas protegidas

O Secretário Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, Alonso Miguel, assinou, recentemente, um protocolo de parceria para a conservação da natureza, na ilha do Pico.

Segundo o Secretário Regional com a pasta do Ambiente, o projeto em causa, “Business for Nature” é gerido pela consultora Nature Returns, em parceria com a Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, “procurando soluções inovadoras para o financiamento e gestão de Áreas Protegidas, através da inclusão de negócios empreendedores que representem soluções para apoiar a gestão dessas áreas”.

O projeto baseia-se na análise dos problemas de conservação de áreas protegidas, que são comuns em todo o mundo, cobrindo desde a falta de recursos necessários para uma gestão eficaz dessas áreas, à dificuldade em angariar os fundos suficientes para a sua gestão, até à questão do distanciamento entre a gestão de Áreas Protegidas e as comunidades que aí habitam”, sublinhou.

Alonso Miguel explicou que este projeto, financiado pela Fundação Hoffmann, pretende contribuir para a gestão e financiamento de Áreas Protegidas, através do desenvolvimento de Planos de Gestão com a metodologia ‘Conservation Standards’, adaptada para a inclusão de negócios que tragam soluções de gestão, criando benefícios mútuos entre a administração das Áreas, as comunidades que aí vivem e os empreendedores desses negócios.

Esta metodologia inovadora vai ser testada e implementada em cinco áreas protegidas na Europa e África, entre as quais, o Parque Natural de Ilha do Pico, em Portugal, o Parque Nacional de Lonsjko Polje, na Croácia, o Parque Natural de Ulcinj, no Montenegro, o Parque Nacional de Shar, na Macedónia e o Parque Natural do Obô do Príncipe, em São Tomé e Príncipe.

O projeto é liderado pela consultora Nature Returns, em parceria com a Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, a Fundação EuroNatur, a Fundação Príncipe e a empresa Connectology”, frisou o governante

O Secretário Regional salientou que “as principais metas do projeto são a formação de técnicos, o desenvolvimento, avaliação e acompanhamento de planos de gestão de Áreas Protegidas e a promoção de negócios com potencial para apoiar a gestão das Áreas Protegidas”.

O projeto arrancou na ilha do Pico, no final de setembro, nas instalações do Serviço de Ambiente e Alterações Climáticas da ilha do Pico, no Lajido de Santa Luzia, com a sua primeira ação, que consistiu na formação dos técnicos do Parque Natural da Ilha do Pico e da Divisão de Áreas Classificadas, da Direção Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, sobre a metodologia a aplicar”, vincou.

Alonso Miguel valorizou o facto de os Açores fazerem parte de um projeto de escala internacional, para criação de uma metodologia inovadora na gestão de áreas protegidas, revelando que “um dos objetivos da participação da Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas é que este projeto seja utilizado para capacitar as nossas equipas com uma ferramenta moderna, que poderá ser utilizada para avaliar e melhorar o Plano de Gestão do Parque Natural de Ilha do Pico, que está em vigor”.

Por fim, concluiu que “para além de se pretender contribuir para a resolução de problemas de conservação, pretende-se também criar mais riqueza e aproximar as comunidades das suas áreas protegidas”.

GRA/RL