
O Secretário dos Transportes Turismo e Energia, Mário Mota Borges, visitou a ilha de São Jorge na passada sexta-feira, onde reuniu com os Presidentes de Câmara dos dois Concelhos, tendo terminado o dia numa reunião com o Núcleo Empresarial da Ilha de São Jorge.
Em declarações à comunicação social, o Secretário diz que a finalidade destas reuniões, que iniciaram-se no Pico e terminaram em São Jorge, é primeiramente de ouvir e “perceber os anseios da população nas ilhas, não se tratando de reuniões destinadas a deliberações, e que é necessário fazer uma aferição daquilo que são as distâncias que possam existir nos assuntos da tutela desta Secretaria, entre aquilo que é o programa do Governo e aquilo que são as preocupações das populações locais e é o nosso objetivo encurtar distâncias e encontrar pontos de convergência.” Acrescentou Mário Mota Borges.
O problema dos TMG (Transporte Marítimo Graciosense) na Ilha de São Jorge não ficou resolvido, dando-se início a um estudo de mercadorias e de transportes a fim de descobrir qual a melhor solução para a ilha.
“Neste momento não há uma solução para a problemática em concreto, porque uma das questões que foi aflorada nas reuniões que tivemos com as Câmaras, é a realização de um estudo integrado de transportes marítimos de mercadorias, para que, aqueles que são os problemas existentes e que já foram identificados ao longo dos anos sejam resolvidos.”
Por fim, o Governante fez um balanço positivo da reunião, mostrando-se satisfeito “porque a posição do Núcleo Empresarial foi bastante interessante e racional, o Senhor Presidente do Núcleo teve a capacidade de nos transmitir aquilo que são as proporções do mesmo e tivemos a oportunidade de transmitir que estamos conscientes da necessidade de manutenção das preocupações associadas à coesão, e portanto, acho que o balanço foi extremamente positivo.”
Por sua vez, Mário Veiros, o Presidente do Núcleo Empresarial de São Jorge, explicou o que aconteceu há uns dias no Porto das Velas, onde o barco de mercadorias não parou, seguiu para Lisboa, fazendo os empresários jorgenses esperar pelas suas cargas.
“Há uns dias houve uma tempestade e o barco não aproou na quinta-feira, dia em que estava previsto, por más condições climatéricas. O que não entendemos é porque é que no sábado, que havia boas condições para isso, não fez operação e teve que regressar a Lisboa, alegadamente, porque a carga em Lisboa não pode esperar mas os Jorgenses que esperem.”
Mário Veiros diz ser uma problemática urgente a resolver-se na medida em que “já há vários anos que sentimos que a situação tem vindo a piorar. A verdade é que há 10 ou 12 anos, a situação de transporte contentorizada para São Jorge era melhor do que é hoje em dia, portanto é muito urgente que nós consigamos alterar alguma coisa.”
Desta forma, continuou Mário Veiros, “quando se fala em alterações de paradigma, de sistema de transportes, consideramos que é muito importante que sejamos ouvidos porque é bom que haja alterações e que sejam proveitosas para a ilha de São Jorge.”
Declaração do Secretário Regional dos Transportes, Turismo e Energia, Mário Mota Borges, em visita à ilha de São Jorge, que se fez acompanhar pela Diretora Regional do Turismo e o Diretor Regional dos Transportes, que se reuniram com os Presidentes de Câmara dos dois concelhos, Décio Pereira e Luís Silveira, bem como o Presidente do Núcleo Empresarial da Ilha de São Jorge, Mário Veiros.
Imagem: Jornal Açores 9
Laura Cabral/RL Açores