Secretário Regional da Saúde anuncia fim dos hospitais de referência

Secretário Regional da Saúde anunciou hoje, em Santa Cruz da Graciosa, que, a partir de julho, os centros de saúde passam a poder enviar os doentes para qualquer hospital da Região, deixando de haver a referenciação geográfica anteriormente definida. 

Luís Cabral, que falava no final de uma reunião com o Conselho de Administração da Unidade de Saúde da Ilha Graciosa, salientou que, num projeto piloto, os doentes desta unidade de saúde que necessitavam de determinadas intervenções cirúrgicas foram encaminhados para o Hospital da Horta, em vez do Hospital da Terceira, como estava antes definido, por se ter verificado que, deste modo, “conseguiam a realização da cirurgia em causa com menor tempo de espera”. 

Esta liberalização do hospital de referência, prevista no Plano de Ação para a Reestruturação da Saúde, garante “uma diminuição das listas de espera cirúrgicas”, uma vez que cada unidade de saúde poderá escolher o hospital que pode realizar a cirurgia no mais curto espaço de tempo. 

Para Luís Cabral, trata-se de um aspeto funcional de extrema importância, “uma vez que irá garantir um melhor funcionamento do sistema e uma homogeneização dos critérios do encaminhamento dos doentes, para consulta ou para cirurgias”. 

Luís Cabral anunciou também que a Unidade de Saúde da Ilha Graciosa vai dispor de mais uma médica de Medicina Geral e Familiar e que ficou decidido que será aberto outro concurso, de modo a garantir uma resposta mais sólida em termos de apoio médico aos graciosenses. 

Relativamente à deslocação de médicos, o Secretário Regional da Saúde esclareceu que não deixou de haver acompanhamento de médicos especialistas, salientando que houve uma diminuição de consultas de algumas especialidades, porque “os especialistas devem ser consultores dos médicos de Medicina Geral e Familiar, não necessitando de ter um seguimento regular dos utentes nas unidades de saúde”. 

Esta situação foi abordada com os sindicatos da classe numa reunião realizada recentemente, “confirmando o que tinha sido definido na portaria publicada sobre esta questão”, frisou Luís Cabral.

RL/Gacs