No segundo dia do programa “Cantar os Reis” que aconteceu esta terça-feira, dia 6 de Janeiro, teve lugar no Auditório Municipal das Velas o já habitual Concerto de Reis que contou com casa cheia para ouvir os oito grupos que vieram de algumas das freguesias do concelho.
Luís Silveira, presidente do Município Velense, considerou que “é, sem dúvida, muito importante manter estas tradições, sendo esta uma tradição que já tem muitos anos”.
O autarca salientou a existência de oito grupos de reis apenas do concelho das Velas, facto “bem demonstrativo da criatividade que tanto as pessoas como as instituições têm”.
Numa altura em que o Auditório Municipal encerra para obras, Luís Silveira mostrou um especial agrado ao ver a casa completamente cheia, afirmando que as obras em questão são necessárias e traduzir-se-ão “num investimento que permitirá também de certa forma estimular estes grupos e estas instituições a continuarem a trabalhar, dando-lhes assim melhores condições para também fazerem as suas atuações e os seus espetáculos.”
Também Isabel Teixeira, presidente da Assembleia Municipal, considerou que esta iniciativa deve continuar, elogiando o trabalho desenvolvido por todos os que participaram no decorrer de todo o programa “Cantar os Reis” no início deste novo ano.
“A ilha de Francisco Lacerda, apesar de ser uma ilha pequena, com pouca população, viu-se bem nestes três dias com o Concerto da Filarmónica Nova Aliança, como a atuação do Orfeão, como hoje a atuação destes oito grupos de reis que tivemos nesta casa, somos poucos mas somos muitos na área da cultura”, frisou Isabel Teixeira.
Este foi um evento organizado pelo Município das Velas e pela Associação Cultural, cujo presidente, Mário Soares mostrou igualmente o seu agrado ao ver o Auditório Municipal completamente cheio, referindo que “é muito importante que este tipo de atividades se mantenha não só pela envolvência das pessoas, mas também para manter as tradições”.
Durante este evento foram também entregues os prémios do concurso de montras de 2014 bem como os diplomas de participação no concerto de reis a todos os grupos.
O Padre Rúben Pacheco, autor e compositor da letra e música de dois dos grupos de reis que marcaram presença neste dia, natural de São Miguel e que passa pela primeira vez o Dia de Reis em São Jorge, elogiou a iniciativa e frisou que é sempre importante que as pessoas participem nestas atividades.
“É sempre bom ver momentos de alegria e festa principalmente quando as pessoas estão unidas no mesmo fim, sendo que mais importante do que ver, é ver e participar”, frisou o pároco.
O Padre Rúben Pacheco referiu ainda que na sua ilha de origem as vivências são diferentes, no entanto, achou muito interessante o facto de em São Jorge os grupos de reis irem na sua maioria cantar pelas casas das respetivas freguesias.
Liliana Andrade/RL Açores