
André Enes foi esta quinta-feira condenado em Tribunal por três crimes de Devassa da Vida Privada.
André Enes foi até há bem pouco tempo o Líder da JS São Jorge, pertencendo atualmente ao secretariado de ilha da Juventude Socialista, sendo ainda Deputado Municipal pelo PS na Assembleia Municipal da Calheta e Delegado de Ilha dos Serviços da Vice Presidência em São Jorge, pertencendo ainda ao quadro destes serviços como Técnico Superior.
Ficou provado que André Enes colocou no balneário feminino do ginásio que as vítimas frequentavam uma máquina de filmar Go Pro, tendo colocado por cima da mesma um casaco de cor azul que o tribunal provou ser do agora condenado.
O Tribunal provou ainda que André Enes manipulava a câmara em causa do exterior do ginásio, tendo ficado inclusivamente provado que filmou as assistentes do processo enquanto estas faziam a sua higiene pessoal no balneário.
Na leitura da sentença o Juiz fez saber também que outra prova que pesou para a condenação de André Enes é o facto de aparecer nas filmagens da câmara em causa.
O Juíz do Tribunal da Comarca de Velas considerou que fica desta forma provado que houve intuito por parte de André Enes de devassar a vida privada destas três mulheres.
Para a sentença pesou, por outro lado, o facto de André Enes não ter antecedentes criminais e ser um indivíduo socialmente integrado, de acordo com o tribunal, ficando sujeito a uma multa de 1960 euros e ficando ainda obrigado a pagar uma indeminização de três mil euros a cada uma das vítimas.
De salientar que o condenado nunca compareceu em tribunal e voltou a não estar presente na leitura da sentença, tendo o seu advogado apresentado um atestado de incapacidade para justifica a ausência do seu cliente nesta sessão.
No final da leitura da sentença as vítimas não se mostraram satisfeitas com a pena aplicada com uma das assistentes a dizer que esta sentença é uma “completa falta de respeito”, considerando que o facto de André Enes nunca ter comparecido em tribunal é “um ato de pura cobardia”.
Já o advogado de André Enes não quis prestar declarações, dizendo que ainda cedo para determinar se vão recorrer ou não da sentença.
Liliana Andrade/RL Açores