UGT/Açores pede integração de medidas do Governo em acordo alargado

A UGT/Açores saudou as medidas anunciadas pelo governo açoriano para mitigar os efeitos da inflação, mas defende a integração num “acordo alargado” em sede da Comissão Permanente da Concertação Social.

Num comunicado enviado às redações, a UGT/Açores congratula-se com as medidas apresentadas na sexta-feira pelo Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), considerando que demonstram “preocupação com a atual conjuntura económica e social na Região”, o que tem levado a União Geral de Trabalhadores “a reivindicar uma progressiva e oportuna intervenção social dos poderes públicos”.

A UGT/Açores considera, no entanto, que as medidas de caráter social “não esgotam nem prejudicam a adoção de outras” que venham a ser necessárias.

“Por se tratarem de medidas que vêm ao encontro das reivindicações da UGT Açores, podem e devem constituir um quadro alargado de medidas que integrem um acordo regional de rendimentos e preços de médio prazo 2023-2026, a celebrar entre o Governo Regional e o parceiros sociais, em sede da Comissão Permanente da Concertação Social”, defende.

Entre as medidas anunciadas na sexta-feira pelo executivo açoriano está a criação do programa “Mais”, orçado em 10 milhões de euros, para incentivar o aumento salarial, e de um passe social para “evitar o descontrolo” dos preços dos transportes públicos devido à inflação.

O presidente do Governo açoriano, José Manuel Bolieiro, revelou ainda que, durante o primeiro trimestre, o Governo Regional vai “disponibilizar verbas para a capitalização” das micro, pequenas e médias empresas, um apoio que resultou de um “esforço” junto do Banco de Fomento.

O executivo adiantou também que vai ser implementado um “sistema de apoio ao aumento dos juros do crédito habitação”, que vai estar disponível durante o primeiro trimestre, “produzindo efeitos a 01 de janeiro”.

Será igualmente criado um “mecanismo de acompanhamento e monitorização de preços”, que vai elaborar relatórios mensais sobre os preços do cabaz alimentar para dar “informação suficiente” às “famílias açorianas”, disse José Manuel Bolieiro.

Imagem: ccah.eu

UGT Açores/ RL Açores