Vasco Cordeiro é o “principal responsável” pela atual situação do Grupo SATA, afirma Artur Lima

 

O Presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores, Artur Lima, afirmou, esta quarta-feira, que o Presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, “é o principal responsável” pela atual situação de falência técnica do Grupo SATA, lembrando que o descalabro financeiro da empresa pública iniciou-se em 2009, altura em que Vasco Cordeiro foi Secretário Regional da Economia com a tutela da SATA.

“A conclusão que se pode tirar é que há um grande responsável pela situação a que chegou a SATA. Vejamos: Vítor Fraga, ex-administrador da SATA, foi nomeado por Vasco Cordeiro; depois, Vítor Fraga passa para Secretário Regional com a tutela da empresa, nomeado por Vasco Cordeiro; Vasco Cordeiro foi Secretário da Economia com a tutela da empresa e agora é Presidente do Governo Regional que é acionista da empresa. Quem é o verdadeiro responsável pela situação a que chegou a SATA? Vasco Cordeiro, que tem responsabilidades diretas na superintendência da empresa desde 2008”, concluiu.

Para Artur Lima a ingerência da governação socialista na administração da transportadora aérea regional levou a empresa à falência técnica, acusando, aliás, o Governo Regional de ter transformado o Conselho de Administração da empresa “num asilo de luxo para antigos governantes ou comissários políticos do PS/Açores”.

O Líder Parlamentar do CDS apontou as orientações políticas dadas pelo Governo à SATA e que provocaram o descalabro financeiro na companhia, nomeadamente a abertura de rotas altamente deficitárias, a renovação da frota da SATA Air Açores, a redução da frota de A320 e os problemas com as manutenções da frota de A310, entre outras, frisando ainda que as passagens aéreas pagas pelos açorianos para se deslocarem inter-ilhas custam cerca de 200 euros.

“Como é que se justifica que, numa década, desde 2006 e até 2016, o financiamento público à SATA no âmbito das Obrigações de Serviço Público inter-ilhas tenha subido de 9 milhões para mais de 34 milhões de euros por ano? Que melhorias é que os Açorianos sentiram?”, questionou.

Artur Lima fez contas e acusou o Governo socialista de não ter promovido qualquer abaixamento das tarifas aéreas inter-ilhas: “O Governo diz que fez o maior abaixamento do preço das passagens inter-ilhas. Não é verdade! É que o Governo quadruplicou os financiamentos à SATA, numa década, subsídios que são pagos pelos impostos de todos os Açorianos, enquanto acionistas da empresa. O que se paga hoje por uma passagem inter-ilhas ronda os 200 euros”, afirmou, sem ser desmentido, somando “aos 120 euros que o passageiro paga para viajar da Horta para Ponta Delgada, 77 euros, por passageiro, que o Governo paga em indemnização compensatória”.

Gi CDS-PP Açores/RL Açores