O presidente da comissão política da ilha de São Miguel do PSD/Açores considerou esta terça-feira “indelicadas e excessivas” as recentes acusações feitas pelo presidente do governo e do PS aos social-democratas.
“Vasco Cordeiro, infelizmente para a política nos Açores, já nos habituou a ter afirmações indelicadas e excessivas, bastas vezes com ataques de índole pessoal. Claramente impróprias para as responsabilidades políticas que tem e para a cidadania de que deveria ser exemplo”, afirmou Alexandre Gaudêncio, em conferência de imprensa.
O dirigente social-democrata salientou que os ataques do presidente do governo regional e do PS se devem ao “incómodo com o enorme sucesso da segunda Universidade de Verão do PSD/Açores e da JSD/Açores”.
“Este evento insere-se numa lógica que talvez não seja compreendida pelo PS/Açores: na Universidade de Verão pretende-se formar politicamente jovens capazes para a cidadania e o PS/Açores está mais habituado a dar emprego político para jovens, muitas vezes, incapazes”, disse.
O presidente da comissão política da ilha de São Miguel considerou também que “Vasco Cordeiro não tinha necessidade de mentir aos açorianos quando se referiu à lista de candidatos que o PSD/Açores apresenta para as eleições legislativas de outubro próximo”.
“O PSD/Açores sempre foi autónomo nas suas decisões ao longo dos anos. Ao contrário do PS que, ainda na preparação destas eleições, impôs candidatos na Madeira. As decisões sobre a lista de deputados do PSD/Açores foram feitas e votadas nos Açores. Foram escrutinadas por voto secreto, pela primeira vez na sua história, pela Comissão Política Regional e pelo Conselho Regional, tendo sido aprovadas em ambos os órgãos do PSD/Açores por mais de 90 por cento”, recordou.
Alexandre Gaudêncio referiu igualmente que “se fosse preciso provar alguma coisa sobre a autonomia do PSD/Açores, bastaria lembrar a decisão de não concorrer em coligação”.
“Como se pode constatar, o PSD/Açores continua e continuará fiel à sua autonomia para decidir nos Açores o seu caminho e a sua ação política e os seus protagonistas. E não vai ser pela desinformação de quem quer que seja, com acesso à comunicação social, que o PSD/Açores vai sair do seu rumo de decidir em democracia e liberdade”, frisou.
O dirigente social-democrata desafiou o presidente do governo e do PS a explicar a forma “como a família do seu antecessor tem colonizado a administração pública e a política regional com cargos feitos à medida e obras que só interessam aos próprios”.
“Para usar a expressão ‘figura’ como ele usou, Vasco Cordeiro pode também, tentar explicar que ‘figura’ anda a fazer quando deixa que no partido mande Carlos César e no governo regional mande Sérgio Ávila”, afirmou.
O presidente da comissão política da ilha de São Miguel desafiou também Vasco Cordeiro a explicar “se tornaria a votar em José Sócrates, o tal do ‘Juntos Conseguimos’, com que o PS/Açores fez a campanha de 2011 e que quer agora fazer obliterar da vista e da lembrança dos Açores”.
“Com uma liderança firme e determinada e com muito empenho e trabalho temos como grande objetivo ganhar as eleições regionais de 2016, mudando não só um governo com 20 anos, mas uma forma de fazer política que fez dos Açores uma Região com gravíssimos problemas de coesão social e territorial”, concluiu.
GI PSD Açores/RL Açores