Na última sessão da assembleia municipal, o presidente da Junta de Freguesia das Manadas, Vasco Pinto, mostrou o seu descontentamento quanto ao critério decidido para a distribuição dos fundos camarários para as freguesias.
O critério votado pela maioria foi o critério do Fundo de financiamento de freguesias (FEF), o que segundo Vasco Pinto vem prejudicar a freguesia das Manadas, uma vez que esta perde assim “cerca de 11 mil euros em relação ao que vinha a acontecendo”.
“Foi uma decisão que consideramos mal pensada pelos seus intervenientes, principalmente porque poderá ter um impacto muito direto na vida dos funcionários da Junta”, afirmou Vasco Pinto, dizendo ainda que correm mesmo o risco de terem que “prescindir de um funcionário”.
Por sua vez, o presidente do município, Luís Silveira, explicou que o valor da verba para as juntas de freguesia no orçamento para 2014 é de 180 mil euros e que este critério de divisão de fundos aplicado “tem a ver com a população e área” das freguesias.
Luís Silveira salientou que a votação foi feita de forma democrática tendo sido colocados a votação dois critérios diferentes, aceitando-se também outras sugestões por parte dos presidentes de junta.
“Nós não aplicámos este critério de forma fria e ele foi posto à votação de uma forma democrática”, afirmou o presidente do município.
Luís Silveira explicou que “foi posto à votação o seguinte: quem concorda com o critério de FEF divisão? Quem concorda com o critério dividido valores em partes iguais independentemente da área e da população que tem cada freguesia? Ou qualquer outro critério que qualquer senhor presidente de junta queira colocar aqui à consideração para ser posto em votação.”
O autarca acrescentou ainda que não tendo sido apresentada nenhuma proposta por parte de nenhum presidente de junta se procedeu à votação com os dois critérios existentes e “cinco juntas e freguesia votaram a favor de ser o critério FEF e uma votou contra o critério FEF, que foi as Manadas”.
O autarca disse mesmo que tem de haver um critério para tudo e que neste caso este é o critério mais justo e equilibrado.
Liliana Andrade/RL Açores