Foi inaugurado este sábado em São Jorge, no lugar da Relvinha, no concelho da Calheta, um monumento em homenagem aos ex-combatentes jorgenses que morreram na Guerra do Ultramar, “um voto de louvor e um voto de saudade”, de acordo com Clímaco Ferreira, antigo combatente.

É já hábito organizar-se todos os anos um convívio que reúne todos os ex-combatentes, sendo que este ano a cerimónia foi especial, foi de recordação e homenagem aos jorgenses que serviram a pátria.

Em declarações à RL Açores, Clímaco Ferreira considerou que “houve um simbolismo muito forte” nesta cerimónia e enalteceu o facto da grande afluência que se verificou neste dia, destacando uma maior participação dos ex-combatentes e respetivas famílias bem como das diversas entidades.

Clímaco ferreira esclareceu que apesar de este monumento ter demorado 50 anos a surgir, tratava-se de um dever para com todos os militares e, principalmente, um dever para com todas as mães desses militares que sofriam com os seus filhos na guerra.

“É facto que levou 50 anos a fazer este monumento, mas acho que era um dever que tínhamos para com essa gente, para com todos os militares e para com as mães de todos os militares que muito sofreram enquanto tiveram os seus filhos para essas paragens”, frisou.

O ex-combatente referiu ainda que este é um evento para continuar enquanto houver militares que serviram na guerra, referindo que já ficou nomeada a comissão organizadora do convívio para o próximo ano.

Liliana Andrade/RL Açores