Bispo de Angra preside à tomada de posse de sete sacerdotes no Pico

A Igreja no Pico viveu um momento considerado histórico, com a tomada de posse de sete novos párocos e um diácono, numa celebração presidida pelo bispo de Angra. A cerimónia, que reuniu dois bispos, sacerdotes e fiéis das comunidades locais, foi marcada por um forte apelo à “unidade e ao espírito de comunhão” entre comunidades.

“Aqui estamos: dois bispos, os párocos, os cristãos das comunidades paroquiais que representais, todos juntos num mesmo testemunho fraterno e cristão na tomada de posse de sete párocos e um diácono”, disse D. Armando Esteves Domingues, salientando que esta renovação é “um testemunho de unidade entre párocos e paróquias” e é a “expressão da reorganização pastoral e eclesial em curso”.

A ouvidoria do Pico , tal como a do Faial, cuja equipa sacerdotal tomou posse este sábado, 27 de setembro, a ouvidoria de São Jorge e a da Ribeira Grande, foram as que mais alterações sofreram, naquele que foi um ano de mudanças em praticamente todas as ouvidorias da diocese.

As mudanças, na ilha montanha, lançam as bases para cinco unidades pastorais no Pico, com uma equipa de sete padres, um diácono e centenas de leigos envolvidos nos diversos órgãos de participação.

Reconhecendo que nem todas as paróquias conseguem ter pastoral juvenil, familiar, da caridade ou da liturgia organizada, o bispo apelou a uma maior cooperação entre comunidades.

Na homilia, o prelado diocesano partiu do Evangelho proclamado para sublinhar a centralidade da fé em Cristo e o papel do sacerdote como pastor que se doa ao seu povo.

O prelado destacou a vocação sacerdotal como um dom de amor vivido segundo o coração de Jesus: “O sacerdote não pertence a si mesmo, mas é chamado a confiar, a servir e a cuidar das pessoas, transbordando alegria, empatia e esperança”.

Sublinhou ainda que a missão do pároco é ser sinal do Bom Pastor, cuidando dos pobres, celebrando os mistérios de Deus, transmitindo o Evangelho com ternura e coragem e promovendo a unidade das comunidades.

Houve também palavras de agradecimento para os sacerdotes que mudaram de paróquia, o que numa diocese descontinua como a açoriana, muitas vezes significa mudar de ilha, mas também aos que ficando na ilha mudam de comunidade, bem como de boas-vindas aos que agora iniciam funções.

Com o horizonte do jubileu dos 500 anos da Diocese de Angra, a celebrar em 2034, D. Armando Esteves Domingues apelou a uma pastoral mais sinodal, assente na escuta, no discernimento e na corresponsabilidade.

Em São Jorge as tomadas de posse aconteceram entre os dias 3 e 14 de setembro. Na Ribeira Grande, já tomou posse o novo pároco de Rabo de Peixe. Os restantes padres da ouvidoria tomarão posse a 4 e 5 de outubro. Nas restantes ouvidorias, ao longo deste mês de setembro têm tomado posse os respetivos novos párocos. Os únidos a tomarem posse ainda em agosto foram os novos párocos do Corvo e de Ponta Garça e Ribeira das Tainhas, na ouvidoria de Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel.

RL/IA

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