De acordo com um comunicado de imprensa “a Lotaçor está a preparar uma série de mecanismos legais tendentes a permitir a cobrança pela utilização dos equipamentos portuários de apoio à varagem e arriagem de embarcações, bem como dos portos e núcleos de pesca, a todos os utentes que não os da pesca comercial, tanto para reduzir os encargos com a sua manutenção como para dotá-la de meios para prestar um serviço que se quer cada vez melhor a todos”. Afirmando que a Lotaçor considera ser “a hora e o momento exatos de mudar o paradigma”.
A Lotaçor explicou que “pouco tempo após ter tomado posse, o atual Conselho de Administração constatou que a Lotaçor é proprietária e gere quase 100 equipamentos portuários de apoio à pesca na Região, nomeadamente guinchos, gruas e pórticos automotores, utilizados para a varagem e arriagem de embarcações, para além de gerir, por delegação de competências, todas as operações portuárias nos portos e núcleos de pesca das nove ilhas.”
Realçou, ainda que “muitos desses equipamentos e infraestruturas encontravam-se em estado de alguma degradação, estando nesta data a nossa equipa de manutenção, junto com empresas privadas, a efetuar um vasto trabalho de recuperação desses equipamentos portuários e de reposição da sua operacionalidade em segurança, o que naturalmente significa um grande investimento de dinheiros públicos, ou seja, de dinheiros de todos nós contribuintes da Região Autónoma dos Açores”.
A Loataçor, relembrou que “desde o seu início em 1981, ainda como Serviço Açoriano de Lotas E.P., a Lotaçor pautou a sua existência pela prestação de serviços a toda a fileira da pesca, desde armadores e pescadores, passando pelos compradores até à indústria, entidades governamentais e comunidade científica” e que “com o passar do tempo, e para além da pesca lúdica que tem uma longa tradição em todas as ilhas, foram surgindo novas atividades ligadas ao mar como as marítimo-turísticas e a pesca-turismo, atividades essas que felizmente têm mostrado um grande incremento nos últimos anos para o bem de todos os que delas fazem a sua vida e para outros que indiretamente delas usufruem”.
Para a Lotaçor “é imoral o desperdício de dinheiros públicos que se tem verificado com avultadas quantias que são utilizadas para pagamento de manutenções e reparações de equipamentos bem como no pagamento de contas exorbitantes de água e eletricidade nos portos e núcleos de pesca da Região”. Concluindo, que “torna-se necessário, e é de elementar justiça, que os utilizadores desta panóplia de equipamentos e infraestruturas, que não os profissionais que se dedicam à pesca comercial, comecem a contribuir financeiramente, tal como o fazem nas Marinas, quando os utilizam”.
RL/Lotaçor
