Paulo do Nascimento Cabral defende direito à maternidade e proteção na esfera digital

O Eurodeputado do PSD Paulo do Nascimento Cabral reforçou, no debate “Combate à violência contra mulheres e raparigas, designadamente à exploração da maternidade”, que decorreu na sessão plenária em Estrasburgo, que “a violência contra as mulheres não pode ser tolerada, e que o direito à maternidade tem de ser protegido”.

Para o Eurodeputado do PSD, “a maternidade jamais deve ser utilizada como uma forma de violência sobre as mulheres, e às mães devem ser disponibilizados todos os recursos necessários para que a maternidade não seja uma vulnerabilidade, nem um fator de desigualdade”.

Paulo do Nascimento Cabral alertou para o impacto das desigualdades no mercado de trabalho nas questões da violência, sublinhando que “as disparidades nos salários, na progressão na carreira e a maior precariedade, criam situações de dependência económica, que reforçam ciclos de vulnerabilidade, e tornam mais difícil pôr fim a contextos de violência ou discriminação”, e que “o impacto da parentalidade é ainda desproporcional para as mulheres a nível económico e profissional. Em 2023 na UE, a disparidade na taxa de emprego entre homens e mulheres atingiu 17% entre as pessoas com filhos, enquanto para as sem filhos, o valor era de apenas 4%.”

Destacando ainda a importância de abordarmos o tema de forma integrada, o parlamentar europeu afirmou que “só poderemos combater a violência sobre as mulheres e raparigas se a compreendermos em todas as suas dimensões e expressões”, e destacou “um outro tipo de violência que afeta tantas das nossas jovens, com impactos verdadeiramente dramáticos — a partilha de conteúdos não consentidos, e os gerados por Inteligência Artificial como deepfakes, vídeos e fotos, nas plataformas sociais.”

Para Paulo do Nascimento Cabral, este tipo de partilha “é inadmissível e tem de ser um crime em todos os Estados-Membros, e a cada perfil tem de estar associado um cartão de identificação.”

Por fim, o Eurodeputado reforçou que todos têm de assumir responsabilidade, no sentido em que “a sociedade, como um todo, deve penalizar quem partilha sem consentimento e quem permite esta partilha”.

RL/GEPNC

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