Os dados divulgados pelo Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA) revelam que em julho foram registadas 638 522 dormidas no Arquipélago, o que representa um aumento de 2,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já no acumulado, de janeiro a julho registaram-se 2 553 965 dormidas, representando este valor, mais 6,1% do que em igual período de 2024, recorda a Associação do Alojamento Local dos Açores (ALA) em comunicado.
No entanto, há um outro dado que a ALA considera ser digno de destaque: é que em julho, o Alojamento Local (AL) ultrapassou a Hotelaria Tradicional (HT) no número de dormidas.
Assim, o AL registou 310,5 mil dormidas, o que representa 48,6% do total, enquanto a HT registou 293,1 mil dormidas, representando 45,9%, sendo que os restantes 5,5% (34,9 mil dormidas) foram registadas no Turismo em Espaço Rural (TER).
Acresce ainda o facto de que as dormidas em AL cresceram em julho 4,9%, enquanto na HT foi registado um decréscimo de 0,5%.
Estes números vêm comprovar que, quem nos visita, procura, cada vez mais o AL, mesmo perante a abertura de novos hotéis, demonstrando ainda que a qualidade do AL na Região corresponde às expetativas e exigências daqueles que nos visitam.
A Direção da ALA congratula os seus associados e todos os proprietários de AL nos Açores, pelos bons resultados obtidos até agora, não deixando, no entanto, de alertar para a necessidade de continuar e reforçar o bom trabalho executado até agora, uma vez que é difícil construir e manter uma boa imagem, mas é muito fácil destruí-la.
Da parte dos associados e do setor em geral, tudo têm sido feito para prestar um serviço de qualidade.
Em comunicado a ALA revela que “continuamos a deparar-nos com situações que deveriam revistas, de forma a agilizar processos e minimizar prazos. Exemplo disso é o processo de registo de novos AL, que continua a ser lento, com burocracia excessiva e procedimentos desnecessários. Continuamos a deparar-nos com a falta de resposta atempada das autarquias, agravada pela ausência de técnicos em período de férias”.
A ALA continua, noutra frente, a lamentar a falta de modernização e ausência de integração com ferramentas externas, por parte do SREA, que continua a disponibilizar uma plataforma digita desatualizada e de baixo desempenho, aos operadores que têm de comunicar os dados estatísticos mensais.
Recorde-se que a ALA lançou recentemente uma aplicação móvel, para ajudar os associados a compilar a informação necessária, mas a falta de interoperabilidade, nomeadamente com o SREA, continua a ser um entrave a uma rápida comunicação de dados.
Recorda a ALA que “todos devemos ter presente que, não só mas principalmente durante a época alta, todo o trabalho deveria ser dedicado à prestação de um serviço da melhor qualidade possível, e não ao envio moroso e complexo, de dados estatísticos, que levam tempo a compilar. Damos como exemplo concreto, a obrigatoriedade de preenchimento de dados como a nacionalidade de cada hóspede, dados esses que poderiam ser cruzados e obtidos através das operadoras de transporte”.
Acresce ainda, revela o mesmo comunicado que, “a falta de dados económicos atualizados, já que indicadores relevantes como o RevPAR (Rendimento por Quarto Disponível) continuam por divulgar atempadamente. A ausência desses dados prejudica a análise de desempenho e a tomada de decisões estratégicas por parte dos operadores”.
Todas estas situações continuam a ser “grãos de areia” numa “engrenagem” que poderia funcionar bem melhor, em prol do Arquipélago dos Açores, adianta o comunicado da ALA – Associação do Alojamento Local dos Açores.
RL/ALA




















