Cavaleiros e Foliões continuam a ser tradição marcante do Domingo de Espírito Santo e Trindade em Rosais e na Beira (c/áudio)

Na ilha de São Jorge, pelo Domingo de Espírito Santo e da Santíssima Trindade há, na freguesia dos Rosais e na Beira, a tradição dos cavaleiros e foliões.

Uma tradição já muito antiga e com um grande simbolismo e que este Domingo da Trindade chamou muita gente a estas duas localidades da ilha de São Jorge.

Na Beira a roupa do cavaleiro, que vai no meio, e dos seus dois ajudantes, com flores coloridas pregadas no casaco representa as flores do milagre da rainha Santa Isabel.

Já as ramadas, as saídas dos cavaleiros do império com arroz doce, bolos ou rosquilhas, representa a distribuição do pão pelos pobres antigamente.

Uma tradição que voltou a animar a tarde deste domingo da Santíssima Trindade no lugar da Beira.

Paulo Silveira, Mordomo este ano, falou à RL Açores sobre esta tradição.

Quanto aos foliões, esses cantam de improviso e dão o compasso aos cavaleiros.

Na freguesia dos Rosais, apesar de haver semelhanças ao nível da ramada, há também grandes diferenças, a começar pelas roupas do cavaleiro e dos seus ajudantes.

Nesta freguesia a ramada pretende recriar o servir de um banquete, como explicou João Sequeira, natural da freguesia e conhecedor das tradições.

Em Rosais há a tradição de as crianças e, às vezes, até os adultos “roubarem” o que sai na ramada.

Também em Rosais os Foliões cantam de improviso e obrigam os cavaleiros a da algumas gargalhadas e a manterem o passo certo.

Tradições que perduram desde os primórdios destas duas localidades.

Liliana Andrade/RL Açores