O Secretário Regional da Educação e Cultura reafirmou na sexta-feira, em Ponta Delgada, que o encerramento de escolas nos Açores só ocorrerá em “circunstâncias muito específicas”, nomeadamente de ordem pedagógica ou sociológica.
Avelino Meneses, que falava aos jornalistas no final de uma audição parlamentar que apreciou uma petição relativa ao não encerramento da Escola do Alto das Covas, em Angra do Heroísmo, desmentiu o fecho desse estabelecimento de ensino, bem como “rumores” sobre o encerramento da escola da Praia da Graciosa.
Sobre a situação da escola do Alto das Covas, o Secretário Regional da Educação e Cultura especificou que, em março último, foi comunicado ao primeiro peticionário que não estava previsto o encerramento da escola, sendo por essa razão “um não caso”, e classificou como “mentira” o alegado fecho da escola da Praia da Graciosa.
“Nós devemos manter as escolas de localidade até ao limite do possível, porque a existência de uma escola garante vida a uma comunidade. Assim o encerramento de escolas de localidade só deve ocorrer em circunstâncias muito específicas”, adiantou.
O fecho de escolas nos Açores, de acordo com Avelino Meneses, só deverá ocorrer por “duas ordens de razões: pedagógica ou sociológica”, quando “o número de alunos for tão, tão reduzido que obrigue, por exemplo, a que os quatro anos do primeiro ciclo funcionem todos numa única sala com prejuízo para o exercício da pedagogia, ou então quando a redução do contingente estudantil seja efetivamente acentuada e venha a constituir um entrave à socialização das crianças”.
Por estas razões, apesar de “ainda” não poder adiantar, o Secretário Regional da Educação e Cultura admitiu que a verificar-se, no próximo ano letivo, algum encerramento de escolas “será uma coisa cirúrgica”, já que “estamos ainda na fase em que vamos continuar a necessitar de construir algumas escolas e algumas necessariamente grandes”.
GaCS/RL Açores