Localizado a 58 metros de altura do nível do mar e com uma torre de 16 metros de altura, o farol da Ponta do Topo, que data de 1927, tem um alcance luminoso de 20 milhas, emitindo grupos de 3 relâmpagos de cor branca, com um período de 20 segundos.
Depois da desativação do farol da Ponta dos Rosais em 1980, que agora funciona através de energia solar, o Farol da Ponta do Topo é o único em São Jorge onde ainda trabalham e vivem 3 faroleiros e as respetivas famílias.
João Silveira é o único jorgense no Farol. Há 34 anos que é faroleiro e é o chefe do Farol da Ponta do Topo que explica exatamente qual a sua função e a dos outros dois faroleiros.
São também os faroleiros que são responsáveis pela manutenção do próprio sistema do Farol, estando encarregues de arranjar qualquer avaria, sendo que se não o conseguirem cabe a estes homens informar a autoridade marítima.
A vida de faroleiro não permite a estes homens ficar apenas e só por um farol a vida inteira, há um sistema de rotatividade que os leva a percorrer vários pontos, como explicam Luís Pimentel e José Silva, respetivamente.
Uma vida por vezes complicada mas que também tem os seus benefícios.
O Farol da Ponta do Topo é automatizado, ou seja, quando a anoitece liga automaticamente e caso isso não aconteça é aí que os faroleiros têm de estar atentos e reparar algum tipo de avaria que exista.
Para além disso, o sistema do Farol funciona a energia elétrica, sendo que se por acaso houver algum corte de luz na zona, o sistema dispões de baterias com uma determinada autonomia, havendo ainda um gerador de reserva caso seja necessário.
Cada Farol é único e este para além da sua reconhecida importância a nível da atividade marítima conta ainda com uma bela paisagem e uma vista privilegiada para o ilhéu do Topo e ainda para as ilhas vizinhas da Graciosa e Terceira.
Liliana Andrade/RL Açores