Governo dos Açores empenhado em acelerar fundos para a indústria conserveira 

O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, manifestou o seu “inquestionável empenho” junto do Governo da República para que sejam aceleradas as verbas comunitárias para a indústria conserveira.

José Manuel Bolieiro referiu que há sempre atrasos na transferência de fundos comunitários no âmbito da transição dos quadros financeiros plurianuais, o que “cria dificuldades de tesouraria” às empresas, no caso específico da indústria conserveira através do POSEI – Programa de Opções Específicas para fazer face ao Afastamento e Insularidade.

A indústria conserveira beneficia de cerca de dois milhões de apoios anualmente no âmbito do POSEI.

O líder do executivo regional (PSD/CDS-PP/PPM) recebeu hoje, na residência oficial da presidência do Governo dos Açores, em Ponta Delgada, a Pão-do-mar – Associação De Conserveiros de Peixe dos Açores, salientando no final do encontro que “o diálogo foi produtivo no sentido não só de identificar prioridades, dificuldades e janelas de oportunidade e soluções possíveis”.

Ainda segundo o governante, para além dos atrasos entre quadros comunitários de apoio, da pandemia de covid-19 e da guerra na Ucrânia, no caso português ocorreram eleições antecipadas, o que faz com que o programa operacional PT 2030 “esteja mais atrasado e penalize” as empresas.

O presidente da Associação de Conserveiros de Peixe dos Açores, Telmo Magalhães, também em declarações aos jornalistas, defendeu o acesso da indústria conserveira ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), bem como a necessidade de acelerar as verbas do POSEI para o setor. 

Telmo Magalhães salientou ainda que os apoios do POSEI são “fundamentais para a indústria conserveira”, manifestando preocupação com o incremento dos custos da energia para a indústria que vai ocorrer com a revisão para o primeiro trimestre de 2023, imposta pela ERSE- Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.

O dirigente defendeu igualmente a necessidade de acesso aos fundos comunitários que “permitam alavancar as indústrias e realizar a transição energética e a descarbonização”. 

O responsável pela Pão-do-mar alertou também que o setor está “muito expostos às matérias-primas e transportes”, situação que “se adensa na região devido aos sobrecustos da insularidade”.