Luís Cabral continua a defender instalação dos equipamentos “point of care” em São Jorge (c/audio)

O Secretário Regional da Saúde, Luís Cabral, referiu quanto à situação dos equipamentos “point of care” a instalar nos Centros de Saúde de São Jorge e que surgem numa perspetiva de rentabilização do Serviço Regional de Saúde, que recebeu a carta de preocupações dos médicos da Unidade de Saúde de São Jorge sobre a problemática do encerramento do serviço de análises clinicas na ilha no horário de prevenção.

“Obviamente estamos aqui a falar de uma mudança funcional e todas as mudanças criam sempre alguma reactividade”, sendo que o “importante é que elas sejam feitas com base naquilo que cientificamente está provado”, afirmou Luís Cabral.

De acordo com o Secretário regional da Saúde, “os equipamentos “point of care” são equipamentos em utilização em todo o mundo que têm uma validade em todo o mundo e, obviamente, na Região Autónoma dos Açores tal não será diferente”.

Luís Cabral acrescentou ainda no que diz respeito aos ditos equipamentos que são “equipamentos bons para serem utilizados exatamente nestas condições em que fazemos poucas análises clinicas”, alegando como propósito a questão da rentabilidade de recursos, dizendo também que “todas as dúvidas que foram levantadas pelos médicos serão devidamente esclarecidas”.

O Secretário Regional classificou ainda algumas das preocupações patentes na carta enviada pelos médicos da Unidade de Saúde de Ilha de São Jorge como “infundadas” e outras como “preocupações legítimas, mas que têm uma devida resposta”.

“A Unidade de Saúde de Ilha do Pico já tem estes equipamentos em funcionamento desde Setembro de 2013 e tem funcionado tudo dentro da normalidade”, frisou Luís Cabral.

Luís Cabral explicou ainda que “a prevenção dos profissionais de análises clinicas 24horas sobre 24horas tornavam sistema demasiado oneroso”, sendo que “este modelo fazia sentido na altura em que foi instituído, sendo que não havia equipamentos que pudessem garantir as análises clinicas aos utentes das unidades de saúde de ilha das ilhas sem hospital de outra forma”, mas com a evolução tecnológica e com a melhor capacidade de diagnóstico destes novos equipamentos “deixou de fazer sentido”.

Na opinião do Secretário regional “nós temos de ser capazes de perceber a evolução natural das técnicas”, salientando ainda o facto de estes equipamentos poderem ser manuseados pelos enfermeiros e pelos médicos “com o mesmo rigor, com a mesma segurança e a mesma fiabilidade de resultados.”

“Nós como Serviço Regional de Saúde, aquilo que temos de fazer é aproveitar essas oportunidades da tecnologia para evoluir e para otimizar”, uma vez que “não podemos ficar agarrados a dogmas do passado”, concluiu Luís Cabral.

Liliana Andrade/RL Açores