As ilhas sem Hospital, como é o caso de São Jorge, e onde há maior necessidade de transferir doentes de forma emergente, deveriam apostar em mais consultas de telemedicina ou até ter mesmo em permanência um consultor cirúrgico ou Internista. A opinião é do médico Rui Bettencourt e foi divulgada no âmbito do Fórum Saúde 2030 que decorreu na passada sexta-feira nas Velas.
Rui Bettencourt é médico-cirurgião no Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira e é também o responsável pela Unidade Médica de Evacuações nos Açores e Médico Regulador do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores.
O médico falou ainda na necessidade de envolver todos os profissionais que colaboram numa evacuação médica.
Rui Bettencourt frisou que a deslocação emergente de um doente, as denominadas evacuações, que podem ser marítimas e aéreas, podendo o doente ser deslocado em voo comercial com ou sem acompanhamento do profissional de saúde, ou com recurso à Força Aérea, dependem sempre de três condições primordiais: condições atmosféricas, condições dos aeroportos e disponibilidade dos meios.
A Unidade de Evacuações Aéreas existe há cerca de 27 anos, de acordo com Rui Bettencourt que falou ainda sobre a estatística das evacuações que têm sido realizadas.
O médico reforçou ainda a importância da telemedicina na redução das deslocações de doentes, desde que estas cumpram os devidos parâmetros.
Rui Bettencourt referiu que é importante também apostar na prevenção, tendo em atenção os cuidados de saúde primários, controlando a diabetes, Hipertensão Arterial, obesidade, tabagismo e alcoolismo.
RL Açores