O Secretário Regional da Educação e Cultura considerou esta quarta-feira “importante” o projeto EPIS, promovido pela Associação Empresários pela Inclusão Social para combater o insucesso escolar, frisando que “lida com os estudantes dentro da escola”, mas também “numa relação estreita com as famílias que estão fora da escola”.
“Já percebemos todos que o flagelo do insucesso escolar, que queremos combater, tem de ter um combate múltiplo que se processa, numa primeira fase, dentro da escola, dentro da sala de aulas, mas também que ultrapasse os muros da escola e chegue à sociedade”, frisou Avelino Meneses, em declarações aos jornalistas na Lago
Avelino Meneses, que falava no final de uma reunião com mediadores do projeto EPIS na ilha de S. Miguel, salientou que muitos dos problemas que são detetados no ambiente escolar “vêm do ambiente comunitário, concretamente familiar”.
O Secretário Regional defendeu, por isso, que é preciso estabelecer “um consórcio muito forte entre a escola, o estudante e a família”, pois só assim será possível ultrapassar este problema, cuja solução “não será imediata”.
Relativamente aos resultados do projeto EPIS, que procura combater o insucesso escolar através da mediação e capacitação essencialmente não académica e abrange neste ano letivo oito escolas de S. Miguel e da Terceira, Avelino Meneses considerou que ainda “não é possível tirar conclusões definitivas ou sólidas”.
O Secretário Regional da Educação e Cultura salientou, no entanto, que os indícios do trabalho já desenvolvido permitem “perceber que, aqui e acolá, já houve efetivamente resultados escolares que melhoraram”.
Apesar disso, recordou que o propósito do Governo de diminuir o “flagelo” do insucesso escolar não é “alcançável num mês, num ano, nem sequer em dois ou três anos”.
Avelino Meneses admitiu ainda que, de acordo com a evolução deste projeto, tal como aconteceu com o programa Fénix, poderá ser alargado a mais escolas dos Açores.
GaCS/RL Açores