O Secretário Regional da Educação e Cultura afirmou hoje, em Ponta Delgada, que a flexibilidade curricular e a diversificação dos percursos escolares podem constituir, dada a heterogeneidade do corpo escolar, respostas às atuais exigências da adolescência.
“Na escola do nosso tempo, volvida a educação pré-escolar e os 1.º e 2.º ciclos do ensino básico, a requererem um devido acompanhamento para evitar a revelação de atrasos precoces que se tornem de todo irrecuperáveis, a heterogeneidade do corpo estudantil, acentuada pelo alargamento da escolaridade obrigatória, exige na adolescência a flexibilidade curricular e a diversificação de percursos escolares”, frisou Avelino Meneses.
O Secretário Regional, que presidiu, em representação do Presidente do Governo, à sessão de abertura das X Jornadas da Adolescência, organizadas pela Escola Secundária das Laranjeiras, salientou que tal exigência visa corresponder “sempre às expetativas de todos os estudantes sem exceção, condizente com o princípio da escola inclusiva”.
O titular da pasta da Educação, que apontou a adolescência historicamente como “uma invenção da escola”, assinalou as vantagens que, então, no século XIX, se registaram na “subtração dos mais novos ao universo laboral”, para que durante um tempo, “mais ou menos longo”, tivessem uma formação escolar e adquirissem competências que “viessem a constituir a alavanca de desenvolvimento pelo acréscimo da produtividade laboral”.
Avelino Meneses relembrou que a adolescência “é um tempo de mudança”, de afirmação física e intelectual, que requerer acompanhamento da família e da escola para que “seja uma fase de esperança e de otimismo, para que não seja uma fase de frustração e de pessimismo”.
Na sua intervenção, o Secretário Regional salientou ainda o diálogo, a camaradagem e a amizade como “auxiliares indispensáveis de um crescimento saudável entre a fragilidade da criança e a sustentabilidade do adulto”.
GaCS/RL Açores