Berta Cabral destaca importância das Jornadas Atlânticas de Turismo para valorização do setor nas ilhas da Macaronésia

A Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas defendeu que os arquipélagos da Madeira, Açores e Cabo Verde “são exemplo da forma como o Atlântico pode moldar não só as paisagens, mas também a identidade e o caráter das suas gentes”.

Berta Cabral falava, em representação do Presidente do Governo dos Açores, nas III Jornadas Atlânticas de Turismo, que se realizaram na ilha do Porto Santo, manifestou “orgulho e entusiasmo por ver os Açores associados, através do município das Velas, a este movimento de valorização do turismo na Macaronésia, patrocinado também pelos municípios de Porto Santo e do Sal. Esta é uma rede de territórios com muito em comum, que deve ser projetada no seu todo e afirmar-se como uma oferta diferenciadora no contexto internacional”.

Segundo Berta Cabral, “o desenvolvimento do turismo em ilhas remotas e de pequena dimensão comporta dificuldades acrescidas: maior dependência das acessibilidades externas; vulnerabilidade às alterações climáticas; fragilidade das economias locais; e limitações infraestruturais”.

Mas sublinhou: “são estas especificidades que nos tornam territórios tão únicos e tão desejados por quem procura experiências autênticas, envolventes e sustentáveis”.

A Secretária Regional da tutela adiantou que estes reconhecimentos são a consequência natural de políticas acertadas, de um trabalho consistente e exigente, feito com base numa visão clara de desenvolvimento sustentado, com resultados evidentes: em 2024, os Açores ultrapassaram os 4,2 milhões de dormidas (+12,4% face a 2023) e superaram os 200 milhões de euros de proveitos na hotelaria e no alojamento turístico, com um crescimento de cerca de 19%.

Com o turismo a representar já cerca de 20% do Valor Acrescentado Bruto da Região, 17% do PIB e 17% do emprego, Berta Cabral sublinhou que este setor se assume, cada vez mais, como um verdadeiro motor da nossa economia, com um efeito transversal e multiplicador em todos os outros setores económicos.

A finalizar a sua intervenção, a Secretária Regional referiu que eventos como estas Jornadas Atlânticas de Turismo são essenciais, porque “são momentos de partilha, de aprendizagem e de construção de pontes entre territórios, que sozinhos são deslumbrantes, mas em conjunto são uma força turística”.

“E é isso que espero. Que daqui possam surgir sinergias, projetos conjuntos e o reforço de redes de colaboração entre os nossos arquipélagos, capazes de tornar a Macaronésia num destino “per se” – uma oferta única no mundo, onde o Atlântico se cruza com a diversidade cultural e natural dos nossos povos”, concluiu.

RL/GRA