Centro de Processamento de Resíduos de S.Jorge “deve começar a funcionar em breve”, afirma Luís Silveira (c/áudio)

A previsão era para abrir em fevereiro, no entanto, “problemas como o abastecimento de água ou problemas com os equipamentos” foram atrasando a abertura do Centro de Processamento de Resíduos de São Jorge, que será gerido pela empresa Equiambi. “Deve estar para muito breve”, é esta a previsão que Luís Silveira adianta.

O autarca velense falava na última sessão da assembleia municipal, que decorreu no dia 27 de fevereiro, onde fez saber igualmente que ambos os municípios já chegaram a um acordo com a Equiambi. Agora o preço a ser pago por cada tonelada de lixo depositada no centro de processamento será de cerca de 13 euros.

“Já chegamos a acordo, os dois municípios com a Equiambi, e já foi emitida a declaração para a exportação de resíduos para a Sociedade Ponto Verde, uma vez que só se pode exportar se os dois municípios passarem a declaração à mesma entidade”, explicou Luís Silveira.

Esse acordo permitiu uma redução na base dos 50% do valor a pagar por tonelada depositada no Centro de Processamento de Resíduos, isto é, o município iria pagar cerca de 27 euros por tonelada, mas com “a emissão da declaração vamos pagar agora cerca de 13 euros por cada tonelada”.

A questão sobre a situação do Centro de Processamento partiu da Deputada Municipal Liliana Almeida, do PSD, que quis igualmente saber mais sobre o aterro sanitário.

Luís Silveira afirmou que uma vez que o Centro de Processamento não pode receber carcaças de animais mortos nem os subprodutos do Matadouro ou da conserveira Santa Catarina, a solução encontrada por agora é manter aberto o aterro da Calheta.

“O aterro sanitário da Calheta, que fica ao lado do Centro de Processamento, fica aberto e em funcionamento até estar criada uma solução pelo Governo, para receber os subprodutos do Matadouro, da Fábrica de Santa Catarina e as carcaças dos animais mortos, sendo que isso tem um preço de depósito em aterro, que vai ser pago à Câmara da Calheta, que andará à volta dos 27 euros por tonelada”, declarou o autarca velense.

Assim que abrir o Centro de Processamento de Resíduos, o aterro sanitário das Velas é selado e como tal o Município tem de ir depositar o lixo ao Centro.

No entanto, há mais um problema realçado por Luís Silveira, que passa pelas “escassas condições” das viaturas de transporte de lixo, algo que sucede também no concelho vizinho.

“As nossas viaturas do lixo estão obsoletas, são velhas, têm poucas condições e avariam constantemente”, frisou o presidente da Câmara.

De acordo com Luís Silveira, a solução, por enquanto, irá ser que quando algum dos municípios tiver alguma viatura avariada emprestam um ao outro. Quanto à recolha nessas circunstâncias, “um faz de dia, outro faz de noite”.

Terá de ser assim até que “o Quadro-comunitário esteja regulamentado para que nós possamos fazer candidaturas para adquirir viaturas de recolha”, adiantou o autarca.

De salientar que o município recolhe em média por dia durante 4 meses do ano cerca de 12 toneladas, enquanto nos restantes 8 meses, que correspondem ao inverno, recolhe em média 7 toneladas de lixo.

Liliana Andrade/RL Açores