Conselho de Ilha reúne com o Governo Regional esta segunda-feira: Turismo e acessibilidades no topo das preocupações dos conselheiros

 

(Reportagem áudio em breve, com declarações de Isabel Teixeira, presidente do Conselho de Ilha)

O Conselho de Ilha de São Jorge já enviou o memorando ao Governo Regional. Do respetivo Memorando constam preocupações em diversos setores da economia jorgense. O Turismo, os transportes, a saúde e o setor cooperativo estão no centro das reivindicações dos conselheiros jorgenses.

Apesar de algumas congratulações por parte do Conselho de Ilha de São Jorge quanto a medidas já tomadas pelo Governo Regional, são ainda muitas as reivindicações dos conselheiros jorgenses.

O turismo e as acessibilidades são das principais questões levantadas. Os conselheiros querem saber o que se passa, por exemplo, com o Plano de Desenvolvimento Integrado das Fajãs.

O Conselho de Ilha quer saber “em que fase de desenvolvimento se encontra?”, “que infraestruturas” pretende o Governo criar? E a cima de tudo “não descurando os locais e as pessoas que as visitam ou nelas habitam”.

No que respeita a acessibilidades, o Conselho de Ilha refere que São Jorge tem as “piores estradas/bermas”, além do “mais baixo orçamento da região por quilómetro de estrada”.

“O orçamento alocado a esta área não permite resolver problemas como a drenagem pluvial, a sinalização vertical e horizontal, segurança com proteção de zonas perigosas e vedação de animais, sobretudo em zonas de nevoeiro, reconstrução de muros e embelezamento de bermas”, alerta o memorando.

O transporte de mercadorias é outro dos grandes problemas que se levanta em São Jorge para o Conselho de Ilha.

Outro dos pedidos dos conselheiros jorgenses prende-se com a publicação atempada dos horários AtlânticoLine e da SATA, para facilitar a deslocação de turistas à ilha.

Os conselheiros reivindicam ainda a construção de um novo Matadouro na ilha de São Jorge ou então um melhoramento de infraestruturas capaz de fazer face às condições do mercado.

Do Memorando remetido ao Governo Regional constam ainda preocupações em setores como o da saúde ou do setor cooperativo.

Na área da saúde, além de apontar “dificuldades” de ligação com o número de emergência (112), o Conselho de Ilha refere que há relatórios e exames médicos efetuados noutras ilhas que “levam meses e meses” até os resultados chegarem a São Jorge, e questiona, mais uma vez, o executivo se pretende avançar com a construção de um heliporto na ilha. Esta entidade pretende ainda que que o Governo Regional defina anualmente o número de deslocações de especialistas.

No que toca ao setor cooperativo, o Conselho de Ilha quer que o Governo Regional “coopere de forma a possibilitar um aumento do preço do leite pago ao produtor”, defendendo que “o montante adicional (45 euros) ao setor leiteiro para as ilhas Terceira e São Miguel” deve ser alargado a todas as ilhas “sem exceção”.

O Conselho de Ilha reúnde com o Governo Regional esta segunda-feira, no âmbito da visita estatutária do Executivo açoriano à ilha de São Jorge que termina na quarta-feira.

Liliana Andrade/RL Açores