Governo quer reforçar atratividade turística de espaços culturais e disciplinar acesso e proteger espaços naturais, anuncia Vasco Cordeiro

O Presidente do Governo anunciou na sexta-feira que o Executivo está a trabalhar no sentido de alterar os horários dos equipamentos culturais, para que possam reforçar a sua atratividade turística, e a estudar a introdução de entradas pagas nos espaços naturais da Região, estando isentos desse pagamento os residentes nos Açores.

“É preciso que este nosso esforço conjunto resulte, cada vez mais, em benefício da Região, na perspetiva de rentabilizar ao máximo todo o potencial que este setor ainda apresenta nos Açores para gerar mais receitas e mais e melhores postos de trabalho”, afirmou Vasco Cordeiro, na inauguração do empreendimento turístico Casa Hintze Ribeiro, em Ponta Delgada.

O Governo dos Açores, frisou Vasco Cordeiro, está a trabalhar no sentido de alterar os horários de funcionamento dos equipamentos culturais da Região, nomeadamente museus, de forma a que, estando abertos ao fim de semana, possam constituir fatores acrescidos de atratividade e de animação.

Já no âmbito da defesa e proteção da sustentabilidade ambiental dos principais ativos naturais da Região, Vasco Cordeiro afirmou que se encontra, neste momento, em estudo a introdução de entradas pagas nas reservas florestais e outros espaços naturais, ficando os residentes nos Açores isentos desse pagamento.

“O que se pretende com esta medida, que pretendemos que esteja em funcionamento, numa primeira fase a título experimental e em apenas alguns espaços, a partir do próximo Verão IATA é, não só disciplinar o acesso, mas, igualmente, proteger esses ativos do nosso património natural, qualificando as condições em que a eles é possível aceder e deles usufruir”, salientou.

Na sua intervenção, Vasco Cordeiro deixou, por outro lado, uma mensagem de “confiança e de realismo”, alegando que, após vários anos em que a situação se caraterizou, à semelhança do que aconteceu noutras paragens, por um recuo e alguma estagnação, em muito devido à crise económica que se instalou nos principais mercados emissores, como Portugal, o “setor turístico açoriano apresenta, desde o final do ano passado, sinais encorajadores e consistentes de retoma e de recuperação”.

“A evolução do setor permite, assim, confirmar que, desde o final de 2012, quando este Governo entrou em funções, o número de dormidas na Região aumentou cerca de 30 por cento, estando hoje, não só com melhores indicadores do que estava nessa altura, mas, sobretudo, mercê de uma alteração significativa no modelo de acessibilidades aéreas à nossa Região negociado e acordado entre o Governo dos Açores e o Governo da República, com boas perspetivas de futuro”, referiu.

De acordo com o Presidente do Governo, os números disponíveis apontam para um crescimento superior a 21 por cento no número de passageiros desembarcados nos aeroportos açorianos, entre abril e julho deste ano, relativamente aos meses homólogos de 2014.

“Esta é uma realidade que se espalha pela generalidade das ilhas açorianas, comprovando o mérito e o potencial de um modelo que, diferenciado nas soluções, é uno no objetivo de melhorar as acessibilidades aéreas a todas e a cada uma das ilhas”, afirmou Vasco Cordeiro, acrescentando que se encontra em fase final de elaboração o Plano Estratégico e de Marketing do Turismo dos Açores 2015-2020, que contou com o contributo de vários intervenientes e protagonistas do setor nas áreas do alojamento, da restauração e da animação turística, operadores turísticos, agências de viagens e DMC’s, para além de autarquias locais, partidos políticos e câmaras de comércio, entre outros.

“Nesse trabalho, as autarquias locais podem e devem ter igualmente uma intervenção acrescida, alicerçada numa consciência reforçada quanto à nova fase que vivemos, às novas exigências que ela traz e também ao facto de que um novo tempo pouco ou nada se compadece com abordagens e metodologias que pararam no tempo”, disse.

“Questões como o trânsito ou a limpeza dos espaços urbanos exigirão, porventura, um novo olhar, mais cuidado e mais atento, tendo presente que, a começar por estas, várias são as áreas em que a pressão derivada do aumento de visitantes se pode manifestar de forma mais visível”, afirmou o Presidente do Governo.

GaCS/RL Açores