
60.490.623 milhões de euros – é este o valor exato que o Governo Regional pretende investir em São Jorge no ano de 2017 e que está inscrito no Plano e Orçamento da Região que já está a ser debatido desde esta manhã no Parlamento Açoriano.
No documento e analisando o investimento público na parte da “Desagregação Espacial”, o executivo regional prevê investir na ilha mais de 23 milhões de euros para “Fomentar o crescimento económico e o emprego, sustentado no conhecimento, na inovação e no empreendedorismo“.
Dentro deste ponto, para Empresas, emprego e eficiência administrativa estão previstos mais de nove milhões de euros; para Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, mais de 12 milhões euros é o investimento previsto para São Jorge; no que toca a Pescas e Aquicultura estão previstos mais de 973 mil euros de investimento; já para o Desenvolvimento do Turismo São Jorge conta com uma dotação pouco superior a 697 mil euros, sendo a ilha que recebe menos a seguir às Flores e ao Corvo.
Para o segundo ponto “Reforçar a qualificação, a qualidade de vida e a Igualdade de Oportunidades” o Governo Regional prevê investir em São Jorge mais de 22 milhões de euros¸ sendo mais de 19 milhões de euros para a área da Educação, Cultura e Desporto; um valor superior a 60 mil euros para a Juventude; mais de um milhão de euros para o Desenvolvimento do Sistema de Saúde; na área da Solidariedade Social está previsto um investimento superior a 600 mil euros; já para a Habitação o valor de investimento previsto é pouco superior a um milhão de euros.
No que toca a “Melhorar a sustentabilidade, a utilização dos recursos e as redes do território”, o executivo regional prevê investir um valor superior a 14 milhões de euros. Desses 14 milhões, mais de um milhão vai para o Ambiente e Energia; 213 mil euros para a Prevenção de Riscos e Proteção Civil; e mais de 12 milhões de euros para Transportes, obras públicas e infraestruturas tecnológicas.
Principais investimentos previstos para São Jorge
No que concerne a obras e investimentos concretos para a ilha de São Jorge, destaque para a Construção das novas instalações para a EBS da Calheta com um investimento para 2017 de 16.250 milhões de euros.
Destaque também para o Museu Francisco de Lacerda com uma dotação de 750 mil euros no Plano e Orçamento para 2017 e para a Igreja das Manadas com uma verba superior a 347 mil euros.
Para o Pavilhão de Judo em São Jorge há uma dotação no orçamento de um milhão de euros.
No que toca a obras na área da saúde, os dois Centros de Saúde da ilha de São Jorge serão intervencionados em 2017, sendo que para o Centro de Saúde Velas está previsto um investimento de 792,960 mil euros, enquanto que o da Calheta está dotado de um investimento de 507,400 mil euros.
Já no setor da qualidade ambiental está prevista a Selagem e requalificação dos aterros sanitários de São Jorge, com um investimento de 901,740 mil euros.
Ainda na área do ambiente, 390 mil euros é o valor previsto para Recuperar os trilhos e infraestruturas de apoio da Fajã de Santo Cristo.
Para Beneficiação de Pavimentação de Estradas Regionais em São Jorge está previsto um investimento de 82 mil euros na ilha e para os Circuitos Logísticos Terrestres de apoio ao Desenvolvimento de São Jorge há mais de um milhão de euros plasmados no Orçamento.
No que toca a Infraestruturas e Equipamentos Portuários e Aeroportuários estão previstos para o Porto das Velas 7,230 milhões de euros, para o Porto da Calheta, 200 mil euros, e para o Aeródromo de São Jorge mais de 931 mil euros.
Para o Porto do Topo há uma verba de 100 mil euros.
De salientar que neste Plano, São Jorge é a única ilha em que não há verba inscrita para Proteção da Orla Costeira, sendo que as restantes ilhas têm verba para esta área.
Destaque ainda para o facto de neste plano não estar plasmada verba para a Eletrificação da Fajã de Santo Cristo, tendo em conta que no Plano e Orçamento para 2016 havia uma verba inscrita de 75 mil euros.
O Plano e Orçamento para a Região está a ser debatido esta semana no Parlamento dos Açores e será votado na quinta-feira num dia onde os trabalhos parlamentares se estendem, habitualmente, pela madrugada.
Liliana Andrade/RL Açores