
Foi há 25 anos que o voo 530 da companhia aérea SATA, que fazia a ligação Ponta Delgada – Horta – Flores embateu no morro Pelado, ao lado do Pico da Esperança, na ilha de São Jorge.
Não houve sobreviventes entre os 35 ocupantes, dos quais quatro eram tripulantes e os restantes passageiros.
A Igreja açoriana irá assinalar de forma especial esta efeméride numa Eucaristia Solene, às 19h30, na Igreja de Santo António, na Unidade Pastoral dos Nortes, com a participação de todo o clero da ilha, que acompanhará o bispo diocesano.
Em declarações ao Sítio Igreja Açores, o prelado que se encontra em visita pastoral à ilha diz que a “coincidência” entre esta data fatídica para a história açoriana e a sua visita pastoral “é uma oportunidade para unimos a nossa oração” e prestarmos homenagem às vítimas e às suas famílias.
Segundo o relatório da autoridade aeronáutica, o voo fez um desvio sem que a tripulação se apercebesse que estava já a cruzar a linha da costa norte de São Jorge. Três segundos antes do primeiro impacto, o alarme do “Graciosa” soou. Nessa altura, o co-piloto alertou para a perda de altitude do avião e de “estar em cima de São Jorge”. É então que piloto (com mais de 20 anos de experiência) e co-piloto, instintivamente, aumentam as potências dos motores, mas tarde de mais.
A manobra foi “insuficiente” para evitar a colisão, que causou uma violenta explosão e deixou o avião totalmente destruído. Depois de descolar às 8.37 do aeroporto da Horta, o “Graciosa” fez 34 minutos depois o seu último contacto com terra.
O relatório da Comissão de Inquérito ao acidente, divulgado pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), indica que o aparelho embateu no morro Pelado por falha humana. O avião não respeitou a altitude de segurança, foi orientado por uma navegação estimada imprecisa e +não utilizou corretamente o radar de tempo.
O relatório do INAC concluiu ainda que a aeronave “estava em condições de navegabilidade de acordo com os regulamentos e procedimentos aprovados pela autoridade aeronáutica”.
RL/IA