Jorgenses apostam na criação das suas próprias empresas

Durante este ano já foram apresentados na ilha de São Jorge 28 projetos no âmbito do programa Empreende Jovem que visam a criação de 58 postos de trabalho, revelou André Enes, delegado do Serviço de Ilha da Vice-Presidência do Governo Regional.

André Enes falou à RL Açores sobre os investimentos que têm sido feitos pelos jorgenses recorrendo a programas e apoios do Governo Regional.

“A Vice-Presidência tem uma área de atuação muito abrangente”, desde os sistemas de incentivo, como o Empreende Jovem ou o SIDER, para a criação de empresas mas também o CPE Premium, por exemplo, que visa ajudar os jovens que se encontram em situação de desemprego a criar o seu próprio posto de trabalho, explicou o delegado do serviço.

No que diz respeito à criação de novas empresas na ilha, André Enes fez saber que “no ano de 2014 no programa Empreende Jovem são 28 projetos, 58 postos de trabalho a criar na ilha de São Jorge”. De acordo com o delegado do serviço a criação destes postos de trabalho é de extrema importância, sendo que “estamos a falar de 6 milhões de euros que em parte com certeza ficarão em São Jorge, uma vez que a área do turismo é a que possui 19 projetos que poderão ser focalizados para turismo em espaço rural”.

A vertente da exportação de produtos também se destaca, sendo uma mais-valia e permitindo um maior rendimento para a ilha, realçou.

De acordo com André Enes, também o programa SIDER teve em 2014 vários projetos a dar entrada na Vice-Presidência que se traduzem em “mais 33 postos de trabalho a criar”, constituindo um valor de “4 milhões de euros a vir para São Jorge”.

“São postos de trabalho que ficam, são empresas que se criam em São Jorge, são pessoas que se mantêm na ilha”, frisou.

Questionado sobre a rentabilidade destes projetos e destas novas empresas a longo prazo, André Enes referiu que “todos estes projetos têm por base um estudo de viabilidade económico-financeira”, salientado que são só projeções e que só depois de a empresa estar criada e em normal funcionamento é que se vê se a expetativa corresponde à realidade, esclarecendo que muitas vezes “a área de negócio também é fundamental”.

Segundo o delegado do Serviço de Ilha da Vice-Presidência, “a criação destas novas empresas é claramente uma mais-valia para São Jorge”, realçando que a competitividade é muito importante e que para isso é necessário “conseguir exportar e agradar o mercado interno acima de tudo”.

Liliana Andrade/RL Açores