
Para o investigador da Unidade dos Açores José Matos, a qualidade do leite e por consequência do queijo de São Jorge não está em causa no que toca aos problemas de escoamento. O problema prende-se sim com a quantidade.
Para o especialista na área é preciso apostar em novos mercados mas também em novas formas de comercializar o produto.
José Matos foi um dos oradores convidados do Azorean Cheese Fest.
Para José Matos o facto de o leite de São Jorge continuar a ser o melhor da Europa está relacionado com as suas condições higio-sanitárias.
Segundo o professor e investigador, o problema de escoamento que se faz sentir nada tem a ver com qualidade, mas sim com quantidade.
O especialista na área diz ainda que há que inovar nas várias vertentes do produto.
Há também quem defenda que o queijo de São Jorge tem de ter duas vertentes de exportação, uma para consumidores e outra para apreciadores de queijo. Pedro Pimentel da Centromarca, um dos oradores convidados do evento, é um defensor dessa ideia.
Durante o Azorean Cheese Fest o queijo não esteve apenas em debate foi também para a mesa dos restaurantes locais que prepararam ementas especiais para a Semana do Queijo.
No decorrer do evento ficou uma certeza no ar dita por vários especialistas na matéria – o queijo de São Jorge pode e deve ser utilizado para novos produtos.
Liliana Andrade/RL Açores
Fotografia: ©Azorean Cheese Fest