
A RL Açores no Faial a acompanhar o plenário do mês de setembro assistiu à manifestação onde cerca 400 pessoas fizeram-se ouvir em frente à sede do Parlamento dos Açores reivindicando a ampliação da pista do Aeroporto da Horta, que tem registado um número elevado de cancelamentos de voos nas ligações aéreas com Lisboa.
Dejalme Vargas, líder da manifestação popular, adiantou aos jornalistas que o que está em causa são “questões de segurança”.
Segundo explicou, a pista do Aeroporto da Horta precisa de ser aumentada em cerca 240 metros para cada lado, para zonas de segurança, de forma a poder cumprir as exigências da ICAO, o regulador internacional da aviação civil.
Os manifestantes, que primeiramente se encontravam de forma ordeira, no passeio contrário ao do Parlamento, acabaram por ocupar a estrada e lançar vaias e assobios, quando o presidente do Governo Regional se dirigiu ao líder da manifestação.
Vasco Cordeiro, que recebeu de Dejalme Vargas uma carta com as reivindicações dos manifestantes em relação ao Aeroporto da Horta, admitiu depois não gostar de “escarnecer o trabalho de ninguém”, e também que “não escarneçam” o trabalho do Governo.
O Presidente do executivo afirmou que “não se pode esquecer que, se hoje há ligações e acessibilidades aéreas com o Faial, é porque a SATA se chegou à frente quando a TAP abandonou o Faial”. Palavras de Vasco Cordeiro já de regresso ao parlamento, respondendo assim às críticas sobre a operação da Azores Airlines no Aeroporto da Horta.
Os partidos políticos com assento parlamentar já tinham reunido com Dejalme Vargas, que fez distribuir o documento reivindicativo aos deputados ainda antes da manifestação.
Durante a manhã, o assunto já tinha estado em discussão no Parlamento, na sequência de um voto de protesto apresentado pela bancada do PSD, contra a “qualidade do serviço que a SATA Internacional/Azores Airlines está, pelo segundo ano consecutivo, a realizar nas ligações da Horta com Lisboa”.
O voto foi chumbado, no entanto, pelas bancadas do PS e do PCP, que consideraram que os social-democratas estavam a tentar fazer um “aproveitamento político” do assunto, a poucas horas da manifestação popular.
A operação da Azores Airlines entre Lisboa e a Horta já tinha merecido a crítica da Câmara do Comércio e Indústria da Horta e da Câmara Municipal da Horta.
AO/LA/RL Açores