O Papa Francisco chega esta sexta-feira à tarde a Portugal para uma visita apostólica ao Santuário de Fátima, no âmbito do Centenário das Aparições, e durante a qual canonizará os pastorinhos Jacinta e Francisco Marto.
O avião que transporta Francisco de Roma deve aterrar na Base Aérea de Monte Real às 15h20 (hora dos Açores), onde terá a aguardá-lo o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, além do Núncio Apostólico, Rino Passigato, do presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, Manuel Clemente, e do bispo de Leiria-Fátima, António Marto.
Depois de visitar a capela da Base Aérea e de um encontro com o Presidente da República, o Papa desloca-se de helicóptero para Fátima, onde fará o percurso entre o estádio de futebol e o Santuário de papamóvel. A Capelinha das Aparições será a primeira paragem do “peregrino” Francisco, onde oferecerá a Rosa de Ouro ao templo mariano. Será a terceira vez que o Santuário da Cova da Iria receberá esta distinção do Vaticano.
Na capelinha, o Pontífice vai invocar a “Senhora da veste branca” e recordar que, há 100 anos, esta mostrou em Fátima os “desígnios da Misericórdia” de Deus.
Francisco vai ainda referir-se aos “bem-aventurados Francisco e Jacinta”, os dois pastorinhos que irá canonizar no sábado. “Seremos, na alegria do Evangelho, a Igreja vestida de branco, da alvura branqueada no sangue do Cordeiro derramado ainda em todas as guerras que destroem o mundo em que vivemos”, dirá o Papa.
Após este momento, o Papa recolhe à Casa Carmo, de onde voltará a sair para a bênção das velas e recitação do terço às 20h30 (hora dos Açores). Pouco depois das 21h00, Francisco regressa aos aposentos onde vai pernoitar, cabendo ao Secretário do Vaticano, Pietro Parolin, presidir à eucaristia que se seguirá.
Uma vasta operação de segurança está montada em torno desta visita, com milhares de operacionais envolvidos nas várias vertentes. Em Fátima, as questões relacionadas com a segurança são visíveis, desde logo nas restrições à circulação automóvel, bem como à colocação de barreiras de betão em diversos locais da cidade.
O santuário admite que para esta peregrinação de Francisco estejam em Fátima mais de um milhão de pessoas. Francisco é o quatro papa a visitar Portugal, depois de Paulo VI (1967), João Paulo II (1982, 1991 e 2000) e Bento XVI (2010).
Observador/RL Açores
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