A empresa Portos dos Açores lançou esta semana o procedimento contratual com vista à execução da empreitada de “Construção do Prolongamento do Molhe-Cais do Porto das Velas, na Ilha de São Jorge”.
Uma empreitada cujo prolongamento do cais comercial atual e respetivo molhe de proteção vai crescer em mais 150 metros. Será construída uma nova gare de passageiros e também será feito o reordenamento dos espaços envolventes. Apesar do necessário, o projeto não traz 100% de satisfação para todos os envolvidos. É o caso da Associação de Pescadores da Ilha de São Jorge que considera que o que se pretende fazer em termos de reordenamento no que diz respeito ao setor da pesca não é o melhor.
António Laureno, presidente da Associação de Pescadores da Ilha de São Jorge (APISJ), confessa ter ficado “perplexo com as ideias que lá estavam [no projeto] ”.
Após ter procurado esclarecer algumas questões referentes ao mesmo, dado que numa primeira fase o escoamento de viaturas seria feito pelo porto de pescas, demonstrou alguma satisfação com o cessar do projeto inicial.
“A pesca profissional não estava de acordo. Foi prometido pelos deputados de São Jorge e pelos próprios secretários que o projeto iria ser alterado, o que de facto aconteceu”, frisou António Laureno, afirmando já ter recebido um comunicado da Direção Regional das Pescas a informar “que o projeto tinha sido alterado”.
O presidente da APISJ diz ter ficado “feliz” com a alteração do projeto, dado que se o mesmo não se alterasse, “íamos ter uma guerra que era escusada”, acusando ainda a Portos dos Açores de apenas criar imposições na Ilha de São Jorge.
António Laureno acrescentou ainda que os 150 metros em que vai ser prolongado o porto comercial são “bem-vindos” apesar de poderem ter sido pensados de forma diferente, mas como disse, “é algo da competência do Município, sendo que a parte que interessava aos pescadores ficou resolvida com a alteração do projeto que impede assim as viaturas de passarem pelo porto de pescas”.
Linda Luz/RL Açores