O Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), evidenciou a “contribuição inestimável” de Raul Brandão para a história e cultura dos Açores, numa alusão à obra “Ilhas Desconhecidas” onde o autor destaca “a beleza das paisagens das nossas ilhas e a essência do seu povo”.
O Presidente da Assembleia Legislativa falava na Palestra Comemorativa do Centenário da viagem de Raul Brandão aos Açores, que teve lugar na ilha do Corvo, sublinhando a descrição do autor sobre “as fragilidades dos açorianos, o isolamento e a sua realidade geográfica e social, transmitindo a singularidade do nosso arquipélago”.
Durante a sua intervenção, o Presidente do Parlamento açoriano deu nota de um dos momentos altos do dia de hoje, designadamente, o descerramento da placa comemorativa na casa que albergou o autor portuense durante os doze dias de permanência no Corvo, em 1924, e que é hoje, a delegação da ALRAA naquela ilha.
Referindo-se à data que marcou o início da viagem do autor aos arquipélagos dos Açores e da Madeira, 8 de junho, que é também o Dia Mundial dos Oceanos, desde 1992, o Presidente Luís Garcia frisou essa coincidência como “um testemunho notável da nossa profunda ligação ao mar” ao mesmo tempo que “reforça a importância vital do oceano para os Açores e para os que aqui vivem”.
Na ocasião, o Presidente da ALRAA deixou o apelo aos açorianos “para que continuem a contribuir para a proteção e conservação do mar dos Açores”, lembrando que se trata de uma responsabilidade coletiva orientada a “garantir que as futuras gerações possam disfrutar da sua beleza e potencial incomparáveis”.
A Palestra Comemorativa do Centenário da Viagem de Raul Brandão aos Açores contou com a participação da Diretora do Ecomuseu, Deolinda Estêvão, dos investigadores João Saramago e Ana Cristina Gil, e do jornalista literário Vasco Rosa, sendo presidida pelo Presidente da Assembleia, Luís Garcia.
As comemorações dos 100 anos da passagem de Raul Brandão pelo Corvo incluíram ainda um roteiro cultural encenado pelas paisagens mais emblemáticas da ilha, bem como o descerramento da placa comemorativa na delegação da ALRAA no Corvo, lugar onde aconteceu igualmente a inauguração da exposição “Açores: Silêncio e Ser”, da autoria de Jorge Barros, que ficará patente naquele espaço até setembro deste ano.
RL/ALRAA