
O Secretário Regional da Saúde apresentou hoje, em Angra do Heroísmo, ao Conselho Consultivo de Combate à Doença Oncológica um Plano de Ação de Combate ao Tabagismo nos Açores, que será implementado em 2018.
“Nós sabemos que o tabaco é uma das principais causas de cancro na Região, temos um consumo elevado de tabaco e, como tal, pretendemos apresentar um plano de ação que faça com que haja uma redução efetiva do consumo de tabaco“, afirmou Rui Luís, em declarações à margem da reunião daquele Conselho Consultivo.
O titular da pasta da Saúde adiantou que este plano de ação abrange quatro áreas essenciais, salientando que as medidas passam por evitar o início do consumo, apoiar a cessação tabágica, proteger os não fumadores da exposição ao fumo passivo e monitorizar o fabrico, venda e consumo de tabaco nos Açores.
Na reunião de hoje, o Conselho Consultivo de Combate à Doença Oncológica, além de um parecer sobre este plano, analisou a recente legislação que criou o Registo Oncológico Nacional e as suas implicações no Registo Oncológico Regional, que será atualizado com os dados desde 2012 até 2016.
“O registo oncológico é fundamental para percebermos o tipo de cancros que existem, em que zonas existem, para depois se poder estudar as causas e é isso que queremos fazer em 2018, dar prioridade à publicação do registo oncológico para termos dados que nos permitam estudar as causas do cancro na Região“, sublinhou o Secretário Regional.
Questionado pelos jornalistas sobre a telemetria para o Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira, Rui Luís assegurou que o equipamento entra em funcionamento no mês de fevereiro.
“É um processo que está a decorrer e vai custar cerca de 60 mil euros”, afirmou, revelando que este sistema “é uma novidade”.
“Vamos ter seis módulos individuais, onde o doente, pelo sistema de wi-fi, pode levantar-se, andar e continuar a ser monitorizado por parte dos profissionais de saúde que estão no serviço”, adiantou, acrescentando que esta verba está inscrita no Plano de Investimentos de 2017.
Segundo Rui Luís, “a verba agregada previa um conjunto de investimentos para as várias unidades de saúde e hospitais da Região, onde estava incluída a verba para a telemetria no hospital da ilha Terceira”.
Rui Luís salientou que o tempo de espera se deveu à necessidade da Direção do Serviço de Cardiologia daquele hospital definir as prioridades e o equipamento que melhor se adequa ao serviço.
GaCS/RL Açores