
No âmbito de uma interpelação promovida pelo PPM sobre SATA e a sua atual situação, no primeiro dia de trabalhos no plenário do mês de setembro, a deputada do CDS-PP Açores eleita pela ilha de São Jorge apontou uma série de constrangimentos que têm afetado a população da ilha.
Segundo Catarina Cabeceiras, durante este Verão assistiu-se “à repetição do cenário de caos” a vários níveis e em vários setores por culpa da SATA.
O setor do turismo foi um dos mais afetados na ilha de São Jorge, como afirmou a deputada do CDS.
No que toca ao setor da saúde, a situação agravou-se de acordo com Catarina Cabeceiras, que questionou mesmo a Secretária dos Transportes se considerava aceitável um utente perder uma consulta pela qual esperava há anos por falta de lugares na SATA.
Mas para além dos que não conseguiram sair da ilha há também aqueles utentes que até saíram, mas que depois demoraram 10 dias a conseguir regressar a São Jorge, contou a parlamentar.
A estas situações somam-se ainda outras como as saídas da ilha por outras questões pessoais ou profissionais que se revelaram impossíveis.
Catarina Cabeceiras diz mesmo que não se pode continuar a aceitar este cenário na SATA.
A parlamentar aproveitou ainda para questionar se o aumento de lugares entre São Jorge e Ponta Delgada e perante todas as situações que se verificaram este ano se o Governo considera que este aumento foi suficiente e se é este o cenário esperado para o próximo Verão.
A deputada do CDS-PP Açores disse ainda que todas estas situações enumeradas não pretendem “pôr abaixo a SATA”, como afirmou, reconhecendo a importância que a transportadora aérea tem, mas que a mesma “só faz sentido enquanto servir os açorianos”.
Do lado da bancada socialista foi José Ávila, deputado eleito pela Graciosa, que saiu em defesa do Governo no que à ilha de São Jorge diz respeito. De acordo com o deputado socialista, segundo as afirmações de Catarina Cabeceiras, até parece que não aconteceu nada em São Jorge nos últimos anos, passando, assim, a enunciar as mudanças a nível de transportes aéreos.
José Ávila disse mesmo que entre 2013 e 2018 houve grandes aumentos em São Jorge, segundo enunciou o parlamentar graciosense.
Liliana Andrade/RL Açores