Segundo dia das comemorações do 30º aniversário da Confraria do queijo de São Jorge: Destaque para valorização do produto, presente em 37 países do mundo (c/áudio)

No segundo dia das comemorações do 30º aniversário da confraria do queijo de São Jorge, vários foram os assuntos discutidos pelos diferentes oradores, que participaram nos painéis sobre este produto açoriano, tão conhecido como o queijo de São Jorge.

Ora, para começar, António Silveira, Ex-presidente da Câmara Municipal de Velas, tendo sido um pioneiro no desenvolvimento da confraria, acredita que o seu principal objetivo foi cumprido, ou seja, surgir como entidade que promove o queijo de São Jorge.

De seguida, António Almeida, um dos oradores dos painéis que serviu de debate da parte da tarde e chefe de gabinete do Secretário Regional da juventude, qualificação profissional e emprego, falou sobre a importância deste produto na vida dos Jorgenses, sendo gerador de emprego e a base de sustento de várias famílias.

De acordo com António Almeida o que falta é “associar este produto de características de história e de identidade cultural e geográfica para que ele também seja um instrumento de promoção do turismo”. Uma vez que os turistas passam por vivências, em São Jorge uma delas é experimentar este produto local. É assim que explica António Almeida.

No que respeita a qualificação profissional no âmbito do turismo, um dos objetivos é qualificar pessoas, com base em parcerias com outras escolas e entidades, de forma a preparar os jovens para o mercado de trabalho. António Almeida deixou ainda o desafio de os empresários remunerarem melhor estes jovens, agora formados.

De seguida, a imprensa entrevistou Jorge Rita, Presidente da Associação Agrícola de São Miguel, o mesmo explicou que é preciso valorizar melhor o queijo de São Jorge e que é na sua opinião, lamentável que os agricultores não recebam o suficiente pelo produto de excelência que produzem. Falou ainda que o queijo não pode ser confundido com outros da Região, sendo o “ex-libris da nossa produção, tem que se valorizar como tal e é importante que os produtores possam viver com rendimento” palavras proferidas pelo Presidente.

Quando questionado a cerca de expetativas no setor agrícola para a Região, Jorge Rita diz que são grandes os desafios colocados ao setor, mas a Região tem de se afirmar pela excelência e qualidade, pois não há valorização por parte dos mercados nos produtos regionais.

Por fim, deixa uma mensagem a felicitar a Confraria do queijo de São Jorge pelo evento, pois os painéis foram de qualidade e promoveram bons momentos de discussão.

Por sua vez, António Aguiar, Presidente da Uniqueijo, da Cooperativa Finisterra e vice-presidente da “LactAçores”, relembrou o caminho que teve de percorrer ao longo dos anos no setor cooperativo no que respeita a situações económicas. Diz que de momento, os pagamentos se encontram em dia, e houve também uma certificação das fábricas. Agora é hora de valorizar o produtor.

Para finalizar, António Aguiar afirmou que não é fácil conquistar novos mercados, e avançou que o queijo de São Jorge já se encontra à venda em 37 países, tendo chegado mais recentemente à Europa de Leste, na Lituânia.

Balanço dos debates que aconteceram no âmbito do 30º aniversário da confraria do queijo de São Jorge, na passada terça-feira, onde os painéis tiveram lugar no Auditório Municipal de Velas.

Laura Cabral/RL Açores