São quatro as irmãs consagradas que servem a Casa de Repouso João Inácio de Sousa, mas que agora o vão deixar de fazer. A Irmã Fernanda, a Irmã Júlia, a Irmã Filomena e a Irmã Isabel estão de saída de São Jorge, mas para trás deixam grandes amizades, um sentimento de dever cumprido, mas também muita saudade.
Uma saudade que já se sente e que foi demonstrada esta quinta-feira num jantar onde participaram funcionárias da instituição e a Direção da Casa de Repouso e onde as Irmãs foram, simbolicamente, homenageadas.
Para a irmã Júlia, que está há 14 anos em São Jorge, diz sentir neste dia uma comunhão muito grande com cada um, afirmando ter pena de deixar os “velhinhos”, como são carinhosamente chamados pelas Irmãs.
Já a Irmã Isabel, que afirma que sentirá muitas saudades, compreende também que a idade já não a ajuda.
Chamam-lhe vários nomes, “Tio Patinhas” é um deles. A Irmã Fernanda é uma das irmãs que parte e que é muito acarinhada por todos. Sozinha e neste mandato da atual direção da Casa de Repouso conseguiu angariar mais de 100 mil euros. A “Irmã da Tarte de Maçã”, ou a Irmã que grita para o Jantar, emociona-se principalmente quando fala da despedia dos “seus velhinhos” como chama carinhosamente aos utentes do Lar.
No jantar de despedida das irmãs, também Paulo Silveira, o presidente da Direção da Casa de Repouso, elogiou o trabalho destas irmãs que estiveram sempre disponíveis 24 horas por dia para tudo o que fosse preciso para a instituição, dizendo que é um dia triste para o Lar.
Paulo Silveira deixou uma palavra especial a cada uma das Irmãs que agora partem, tendo a direção entregue a cada Irmã uma lembrança especial.
Ouvidor da Ilha de São Jorge diz que Irmãs vão fazer muita falta
As irmãs consagradas chegaram a São Jorge há mais de 50 anos e agora, por força das circunstâncias, têm de partir. Algo que para o Padre Manuel António Azevedo, o Ouvidor da ilha de São Jorge, é triste, evidenciando tudo o que estas irmãs representam para a ilha e, em especial, para a Casa de Repouso João Inácio de Sousa.
O Padre Manuel António que deixou uma palavra muito especial para a Irmã Filomena.
Questionado sobre o porquê da partida das Irmãs, o Ouvidor da ilha de São Jorge, explicou que a principal razão prende-se com a idade destas mulheres consagradas.
Palavras do Padre Manuel António Azevedo, Ouvidor da ilha de São Jorge, que considera igualmente que as irmãs vão fazer muita falta à Casa de Repouso João Inácio de Sousa.
Em São Jorge resta agora uma comunidade de religiosas na zona do Topo.
Liliana Andrade/RL Açores