
A Assembleia da República aprovou o diploma que regula a prática da eutanásia, apresentado pela Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias e que tem por base as iniciativas legislativas apresentadas pelo BE, PS PAN e IL. Neste sentido, a Rádio Lumena saiu à rua para ouvir o que os velenses tinham a dizer sobre o assunto.
Questionados sobre o tema, alguns velenses revelaram não ter uma opinião definida, afirmando que “se vir que uma pessoa está em sofrimento, por exemplo num cancro, onde já não há nada que possa ser feito, compreende-se”, contudo, receiam casos “com o envolvimento psicológico”.
Há, também, quem considere “que a pessoa em sofrimento tem o direito de escolher”. Alguns velenses são a favor, afirmando que “ não digo que o fizesse, mas acho que se deve dar liberdade às pessoas de o fazerem se o assim o entenderem”, realçando que compreendem que existem “questões de religiosidade”.
Encontrou-se, ainda, quem considerasse “um assunto muito delicado”, que “ apenas diz respeito a quem está nessa situação” e por isso, preferisse não fazer comentários sobre o tema.
No entanto, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou, que o diploma sobre a morte medicamente assistida só vai chegar a Belém “depois do Natal”.
Marcelo Rebelo de Sousa adiantou ainda não ter recebido qualquer deliberação da Assembleia Regional dos Açores, onde alguns deputados do PSD e do CDS-PP criticaram a aprovação da eutanásia sem que tenham sido ouvidos no processo.
Em relação à aprovação da lei da eutanásia sem a deliberação da Assembleia Regional dos Açores, os entrevistados consideram “um erro” acrescentando que “a nossa opinião também vale”, isto em relação à opinião geral dos açorianos. Relembram, também, que “ todos nós devemos ser ouvidos”, “ os açores também devem ter a sua voz”.
Imagem: portugaltravel.org
RL Açores