No concelho da Calheta, em São Jorge, o vereador socialista da autarquia calhetense, Mário Luís Cunha, suspendeu o seu mandato. Uma decisão que não se prende diretamente com o cargo de vereador, mas sim com o Partido pelo qual foi eleito, o Partido Socialista.
Em causa estão obras que nunca chegaram a ser concretizadas pelo Governo Regional naquele concelho, como é o caso do heliporto da calheta, “o qual já tem terrenos adquiridos, mas que nunca acabou por passar do papel”, a “questão do Centro de Saúde, com a criação de valências que também nunca foram criadas”.
No entanto, Mário Luís Cunha afirma que uma das principais razões para a suspensão das suas funções prende-se com a nomeação de algumas pessoas para cargos de chefia no concelho da Calheta, pessoas essas “que nem residem no nosso concelho em detrimento de outras pessoas”, frisou.
O vereador ressalvou ainda o facto de a Calheta ser “um concelho pequeno” e de estas atitudes não ajudarem no combate à desertificação do mesmo.
A suspensão do seu mandato foi a maneira que Mário Luís Cunha “arranjou” para de certa forma poder marcar a sua posição, como adiantou à RL Açores.
Liliana Andrade/RL Açores